quinta-feira, 23 de abril de 2015

Inventário

* Por Alberto Cohen


No fim, restarão os poemas,
singelos, desajeitados,
corcundas, adjetivados,
meros filhos naturais.
No fim, quem sabe, um menino
recolherá os fragmentos
de ilusões e sentimentos
profundos ou casuais.
No fim, talvez, serão lidos
como anônima poesia,
sem dono, nem autoria,
pecados originais.

* Poeta paraense


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