segunda-feira, 6 de junho de 2011







Untura

* Por Talis Andrade


Cantar cantar
cantigas de amor
cantigas de amigo
O canto entorpece
a dor O canto
enxuga o pranto
que se sente
pelo amor ausente

Cantar cantar
cantigas de amor
para a amante
cantigas de louvor
para os amigos
O canto alegra
a vida
que a felicidade
é compartida

Vem cantar comigo
minha amiga meu amigo
que não existe
prazer solitário
A felicidade é solidária
advém da relação
de um corpo
com outros corpos
da nossa satisfação
com tudo que floresce
no círculo de um jardim


Ilustração Braz Dias, Concerto Noturno

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

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