sábado, 11 de junho de 2011







A profundidade do mistral

* Por Solange Sólon Borges


Se eu fosse apenas agreste, meu jardim permaneceria florido, mas nem todas as flores são imunes à fúria do mistral dentro da noite.

Cada pétala que se debruça sobre a terra é surpreendida pela alvorada: resta sua penugem diáfana.

Claro sinal de que a esperança retorna – semifusas eloqüentes – e que as mãos que deram adeus são agora vírgulas dobradas.


* Jornalista, dedica-se a diversos gêneros literários. Entre outras atividades, atua em alguns programas “O prefácio”, sobre livros e literatura. Um deles é o programa Comunique-se, levado ao ar pela TV interativa ALL TV (2003/2004). Apresentou, também, “Paisagem Feminina”, pela Rádio Gazeta AM (1999), além de crônicas diárias na Rádio Bandeirantes e na Rádio Gazeta — emissoras das quais foi redatora, repórter, locutora e editora.

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