Canção
* Por Suzana Vargas
O vento que colho
é o mesmo
que varou um tempo morto.
Tempo implacável arguto
que foge
pelos meus medos.
A quantas de minha história
não acenou
como agora?
Com quem esse mesmo outono
não celebrou
o seu corpo?
Braços e olhos
colhidos
pelo vento, esse inimigo.
lábios e peles
molhados
e pela aragem secados.
A quem o tempo implacável
quis desafiar
com o vento?
E quem colheu
como eu
o outono que se escondeu?
* Poetisa gaúcha, radicada no Rio de Janeiro, autora de literatura infantil e ensaísta. Tem 16 livros publicados, entre os quais “Sombras chinesas” , “Caderno de Outono” (indicado ao Prêmio Jabuti) e “O amor é vermelho”.
* Por Suzana Vargas
O vento que colho
é o mesmo
que varou um tempo morto.
Tempo implacável arguto
que foge
pelos meus medos.
A quantas de minha história
não acenou
como agora?
Com quem esse mesmo outono
não celebrou
o seu corpo?
Braços e olhos
colhidos
pelo vento, esse inimigo.
lábios e peles
molhados
e pela aragem secados.
A quem o tempo implacável
quis desafiar
com o vento?
E quem colheu
como eu
o outono que se escondeu?
* Poetisa gaúcha, radicada no Rio de Janeiro, autora de literatura infantil e ensaísta. Tem 16 livros publicados, entre os quais “Sombras chinesas” , “Caderno de Outono” (indicado ao Prêmio Jabuti) e “O amor é vermelho”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário