O escorpião sonolento (fragmentos)
* Por Péricles Prade
* Por Péricles Prade
Os rios não se partem,partem a mim
que apenas os conheço como afogado
em suas entranhas, sábio ou despido
entre vegetais, oh cobertor marinho
0 olho não vê a carruagem da morte
que conduz no liquido o corpo azul
Sem rede o prisioneiro laçou o sol
Assim pôde o herói salvar o menino
0 mergulho é passageiro, uma viagem
ao interior da água para conquista
da estrela farsante entre espinhos
Na volta o ar não surpreende,soprei
outra vez mantendo o passo contido
pelo relógio que não quer as horas
---------
0 tesouro é procurado nos centros
das metrópoles, mas é nos infernos
que ele esta, guardado nos altares
que cobrem o rosto do desesperado
Não quero as moedas, as espalhadas
pelos errantes círculos, as doidas
construtoras,as pesadas, as fartas
que na cor já revelaram os tempos
No bolso ha o estranho ritmo, sede
do ouro; nem se quisesse o demônio
ele saltaria para o viciado corpo
Faca é de prata, a morte vale mais
assim, mais respeitada, pois morrer
é bom se presente a nobre matéria
• Poeta, contista, ensaísta, crítico literário e de artes plásticas catarinense, autor dos livros “Este interior de serpentes alegres”, “Sereia e castiças”, “Nos limites do fogo”, “Os faróis invisíveis”, “Jaula amorosa”, “Pequeno tratado poético das asas” e “Além dos símbolos”, entre outros.
que apenas os conheço como afogado
em suas entranhas, sábio ou despido
entre vegetais, oh cobertor marinho
0 olho não vê a carruagem da morte
que conduz no liquido o corpo azul
Sem rede o prisioneiro laçou o sol
Assim pôde o herói salvar o menino
0 mergulho é passageiro, uma viagem
ao interior da água para conquista
da estrela farsante entre espinhos
Na volta o ar não surpreende,soprei
outra vez mantendo o passo contido
pelo relógio que não quer as horas
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0 tesouro é procurado nos centros
das metrópoles, mas é nos infernos
que ele esta, guardado nos altares
que cobrem o rosto do desesperado
Não quero as moedas, as espalhadas
pelos errantes círculos, as doidas
construtoras,as pesadas, as fartas
que na cor já revelaram os tempos
No bolso ha o estranho ritmo, sede
do ouro; nem se quisesse o demônio
ele saltaria para o viciado corpo
Faca é de prata, a morte vale mais
assim, mais respeitada, pois morrer
é bom se presente a nobre matéria
• Poeta, contista, ensaísta, crítico literário e de artes plásticas catarinense, autor dos livros “Este interior de serpentes alegres”, “Sereia e castiças”, “Nos limites do fogo”, “Os faróis invisíveis”, “Jaula amorosa”, “Pequeno tratado poético das asas” e “Além dos símbolos”, entre outros.
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