sexta-feira, 7 de janeiro de 2011




Meu querido Ano Novo

* Por Eduardo Oliveira Freire

Mesmo que não seja o ideal e ao decorrer do seu caminhar, teremos muitas desavenças, estou contente com a visita. Preciso estar feliz, já que significa um novo ciclo. Nasço e morro várias vezes, portanto isto me faz mais forte e menos ignorante.
Como a vida está repleta de ciclos, tenho a impressão que há dentro da gente o mito vivo da oroboro: Um símbolo representado por uma serpente, que morde a própria cauda. Significa eternidade. Logo, se eu conseguir perpassar por você, meu novo amigo Ano Novo, é porque sobrevivi.
Venha do seu jeito, sou forte, apesar de ser da minha maneira. Não quero me iludir mais com utopias, desejo construir e semear coisas boas. Estou ciente, que mesmo com seus futuros defeitos, ajudar-me-á a realizar meus projetos.
Querido Ano Novo, por favor, não se acanhe. Entre, quer comer alguma coisa? Precisamos interagir, já que vamos conviver por um ano. Antes de qualquer coisa, gostaria de lhe pedir desculpa adiantado por futuros xingamentos contra a sua pessoa. Não é nada pessoal, às vezes, sou um pouco reclamão e não reparo nas pequenas felicidades que acontecem no cotidiano....

Em adendo:

A Pedra
O distraído tropeçou nela,
o violento a utilizou como projétil,
o empreendedor usou-a para construir,
o camponês, cansado, usou-a como assento,
Drummond a poetisou,
David, a utilizou para derrotar Golias,
e Michelangelo extraiu dela as mais belas esculturas,
Sísifo, entretanto, continua a empurrá-la em moto contínuo.
Em todos estes casos, a diferença não estava na pedra, mas no homem
O ano que chega será o mesmo para todos, mas depende de cada um de nós.

Obs. autor desconhecido.( recebi por e-mail de uma amiga)

* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, está cursando Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor

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