Saudade das minhas tecnologias
* Por Alexandre Lana Lins
Não, não sou saudosista. Mas tenho saudades das minhas tecnologias. Ainda criança, no longínquo e tão perto anos 80, ganhei um gravador da marca National ( alguém lembra?) e várias fitas velhas do meu tio e do meu pai. Como essas fitas eram boas, gravava diversas vezes e elas estavam ali presentes e duráveis. Desmanchava uma música (não, eu não deletava) e gravava outra música. Ou às vezes gravava a minha voz de criança brincando. Ainda tenho algumas gravadas. E, quando deixava a fita preparada no som... Era uma guerra. Rec e play acionados e pause, quando o locutor acabava de falar destravava o botão e pronto. Opa! Não contava com a vinheta da rádio no meio da gravação. Tudo bem...
Lembro do meu primeiro disco que ganhei. O LP do Sítio do Pica-pau Amarelo. Aquele cheiro de vinil novo, a capa novinha... Era gostoso ver o disco rodando na radiola e a agulha indo ao fim do disco, depois de tocar dez ou 12 músicas. Arranhava se não tomasse cuidado e, também, se tomasse muito cuidado. Sempre quando comprava um disco, tentava adivinhar onde estavam as melhores músicas. No Lado A ou no Lado B?
Depois chegou o Video- Cassete e as fitas cassetes. Tenho uma coleção delas. Sempre tive mania de gravar bons programas de TV. Pois é, a minha primeira fita tem 22 anos e ainda roda no aparelho. O som e a imagem estão com a qualidade inferior, mas já passei para o DVD.
Ah! Essas mídias novas como são práticas e, ao mesmo tempo, nos enchem de dor de cabeça. Outro dia gravei um programa no meu aparelho de DVD e perdi. A mídia não quis ler mais. Não deu nem tempo de finalizar... Perdi. Por outro lado, o Sítio que gravei para minha sobrinha é visto no meu computador, no mini DVD dela e em diversos aparelhos. Posso colocar no minuto ou no segundo da cena que minha sobrinha mais gosta de ver, no toque de um botão.
Mas as facilidades dessas novas mídias todos já conhecem, o bom é relembrar que com um lápis eu rodava uma fita para colocar no ponto que eu desejava para gravar. Ou rodava a fita inteira, só para ouvir a última música gravada ou ver se tinha espaço sobrando para gravar mais uma música. Ou quando eu ia gravar um disco, tinha que soltar o PAUSE quando a agulha da radiola tocasse a primeira faixa do LP. Ai, era torcer para que a agulha não pulasse e a gravação saísse perfeita.
Mas como tenho saudades de uma mídia aparentemente ou certamente muito inferior? Sinto saudades do romantismo de gravar uma fita para a namorada, só com músicas do meu gosto. Sinto falta das lindas composições e das grandes canções que saiam de um vinil. Da coleção visual que dava prazer de fazer. E como era caro comprar um disco...
Enfim, saudades que não amenizam ou apagam as virtudes das novas mídias. Mas saudades que nos fazem lembrar que o tempo passa e que as lembranças ficam eternamente marcadas nas canções de um disco ou de uma fita. Mesmo arranhadas ou emboladas, eu ainda escuto algum refrão daquela música que marcou a minha infância.
Não, não sou saudosista. Mas tenho saudades das minhas tecnologias. Ainda criança, no longínquo e tão perto anos 80, ganhei um gravador da marca National ( alguém lembra?) e várias fitas velhas do meu tio e do meu pai. Como essas fitas eram boas, gravava diversas vezes e elas estavam ali presentes e duráveis. Desmanchava uma música (não, eu não deletava) e gravava outra música. Ou às vezes gravava a minha voz de criança brincando. Ainda tenho algumas gravadas. E, quando deixava a fita preparada no som... Era uma guerra. Rec e play acionados e pause, quando o locutor acabava de falar destravava o botão e pronto. Opa! Não contava com a vinheta da rádio no meio da gravação. Tudo bem...
Lembro do meu primeiro disco que ganhei. O LP do Sítio do Pica-pau Amarelo. Aquele cheiro de vinil novo, a capa novinha... Era gostoso ver o disco rodando na radiola e a agulha indo ao fim do disco, depois de tocar dez ou 12 músicas. Arranhava se não tomasse cuidado e, também, se tomasse muito cuidado. Sempre quando comprava um disco, tentava adivinhar onde estavam as melhores músicas. No Lado A ou no Lado B?
Depois chegou o Video- Cassete e as fitas cassetes. Tenho uma coleção delas. Sempre tive mania de gravar bons programas de TV. Pois é, a minha primeira fita tem 22 anos e ainda roda no aparelho. O som e a imagem estão com a qualidade inferior, mas já passei para o DVD.
Ah! Essas mídias novas como são práticas e, ao mesmo tempo, nos enchem de dor de cabeça. Outro dia gravei um programa no meu aparelho de DVD e perdi. A mídia não quis ler mais. Não deu nem tempo de finalizar... Perdi. Por outro lado, o Sítio que gravei para minha sobrinha é visto no meu computador, no mini DVD dela e em diversos aparelhos. Posso colocar no minuto ou no segundo da cena que minha sobrinha mais gosta de ver, no toque de um botão.
Mas as facilidades dessas novas mídias todos já conhecem, o bom é relembrar que com um lápis eu rodava uma fita para colocar no ponto que eu desejava para gravar. Ou rodava a fita inteira, só para ouvir a última música gravada ou ver se tinha espaço sobrando para gravar mais uma música. Ou quando eu ia gravar um disco, tinha que soltar o PAUSE quando a agulha da radiola tocasse a primeira faixa do LP. Ai, era torcer para que a agulha não pulasse e a gravação saísse perfeita.
Mas como tenho saudades de uma mídia aparentemente ou certamente muito inferior? Sinto saudades do romantismo de gravar uma fita para a namorada, só com músicas do meu gosto. Sinto falta das lindas composições e das grandes canções que saiam de um vinil. Da coleção visual que dava prazer de fazer. E como era caro comprar um disco...
Enfim, saudades que não amenizam ou apagam as virtudes das novas mídias. Mas saudades que nos fazem lembrar que o tempo passa e que as lembranças ficam eternamente marcadas nas canções de um disco ou de uma fita. Mesmo arranhadas ou emboladas, eu ainda escuto algum refrão daquela música que marcou a minha infância.
• Jornalista
Que delícia!
ResponderExcluirEu tenho alguns discos de vinil, alguns
pequenos outros grandões...
Nem tenho mais onde tocá-los, mas os guardo
com carinho. O meu receio é que se eu partir
tenho certeza de que vão parar no lixo...
Que saudades...
Abraços