sexta-feira, 9 de outubro de 2009




Taquarinhas

* Por Giordano Zaguini Furtado

Sabe-se lá o que se reservará às entrelinhas que comporão este texto.
Sei que quero escrever, não sei o que nascerá.
Todo poema é um filho esquecido na gaveta.

Não se sabe mais quantos se têm, todos deram em nada e existem.
Ali na folha rabiscada.
Sentimentos espremidos num garrancho embriagado.
Tortuosas sensações em alguma noite extensa, lavrada a ata.
Vieram-me outros sonhos na cabeça.
E acabo por acordar e as mil possibilidades se apresentam.
Escolho um fragmento e o cumpro.
O mar pelo qual nado é o mar do vazio.

* Poeta em Itajaí/SC

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