Fidelidade
* Por
Carmo Vasconcelos
Amigo, hoje é teu dia, corro p’ra ver-te,
Visto asas, e a distância não me impede
De, lesta, voar pra ti, pra que se aperte
Nossa amizade, sem que trama a enrede.
Ainda que dormente na aparência,
Ela semelhe ter perdido o enleio
(Por muito dividida na vivência)
Descrê do véu que a nubla de permeio.
Que eu galgo montes, vales, mesmo oceanos,
Pra que sintas ao peito o forte abraço
Deste nó que não lasseia ao vir dos anos…
Que seja maré viva e consentida
Por corda firme, atada em forte laço,
Enquanto for em nós, pulsante, a vida!
*
Poetisa portuguesa
Nenhum comentário:
Postar um comentário