segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Indecifrável

* Por Alberto Cohen

Havia uma roseira na sacada
ou tão somente o desejar que rosas
fizessem aquela casa perfumada?
Um passarinho cantava, de fato,
ou era a liberdade que entoava
o chamamento nas manhãs nascentes?
O riso passeava docemente
ou o rancor fingia-se de riso,
para disfarce de um rilhar de dentes?

Em lembranças antigas e confusas
quem pode distinguir farsa ou verdade?
Onde termina o sonho e o pesadelo
torna-se adulto, de maioridade?

* Poeta e escritor paraense



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