sexta-feira, 5 de setembro de 2014

À flor da pele


* Por Eduardo Oliveira Freire

Frida cansada de ficar à espera de um príncipe encantado, resolveu fechar a janela e sair do quarto.

Começou a procurar um trabalho e a estudar. Encontrou um cara legal, mas que estava mais para sapo do que príncipe. Só que Frida aprendeu amá-lo.

Casaram-se e ele a incentivou a escrever suas histórias sobre jovens tímidas, que encontravam príncipes encantados, os quais as enchiam de joias e preenchiam todos os vazios de suas respectivas existências. Tornou-se uma famosa escritora de romances de sentimentos à flor da pele.

Apesar de continuar a fantasia do amante perfeito, amava o marido que sempre estava ao seu lado, mesmo quando bebia cerveja e assistia ao futebol na tevê, ou, roncava em plena madrugada.

 Descobriu não ser necessário realizar certos desejos, que podiam permanecer imersos nos sonhos, inclusive, seriam perfeitos oásis quando o dia a dia se tornasse chato.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/



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