Gonna fly now
* Por Fabiana Bórgia
Toda conquista começa sempre com o primeiro passo. O mesmo acontece com a corrida. Cada quilômetro é conquistado. Paciência, treino e dedicação são ingredientes para quem pretende evoluir (não apenas na corrida). É por isso que a corrida ensina a superar desafios. O maior deles: nós mesmos.
O que parece demandar sacrifício, no início, passa a ser motivador. Correr nos coloca em contato com a simplicidade de existir, com a capacidade de superar as barreiras que surgem em nossos caminhos, especialmente diante da complexidade da vida contemporânea. O corredor, mais do que esportista, é alguém que acredita em si. É alguém que acredita na vida. É alguém que não se permite parar no tempo.
Após um tempo de treino, você olha para trás e começa a enxergar sua trajetória. E não consegue acreditar em como um dia pôde ter sido sedentário. Por isso, sair do lugar cômodo, da zona de conforto, é importante. Jamais podemos temer a nós próprios. E se nada é estático e tudo se move para alguma direção, é bom escolhermos para qual direção iremos nos mover. É bom escolher.
Comigo foi assim. Comecei em esteira. Caminhadas. Fiz meus primeiros 5km. Repeti em várias provas esta mesma distância, até me sentir segura para avançar e arriscar meus primeiros 8km. Continuei. Procurei ajuda. Percorri os 10km. Depois almejei os 12km, os 14km e os 16km. Então vieram os árduos 18km. E agora, finalmente, os 21km, que não têm preço.
Mudei meu ritmo de vida. Passei a dormir mais cedo. A beber menos. A acordar e a ver o nascer do sol nos finais de semana.
Passei a cuidar melhor da alimentação. E, não satisfeita, procurei por um médico nutrólogo.
Passei a comemorar pequenas vitórias para almejar grandes conquistas. E a valorizar as pessoas boas e justas.
Passei a adotar uma rotina, aliando musculação e corrida, para não sofrer lesões. Tudo passo a passo.
Descobri que ter disciplina não é ser metódico, é apenas ter autocontrole, o que é muito sadio e faz muito bem para a autoestima. Ter disciplina é colocar as coisas exatamente onde você deseja.
Contei com o incentivo de grandes amizades. Escutei os mais experientes. E passei a compartilhar tudo isso com os iniciantes. Força interior que eu aprendi a exteriorizar.
Entendi que persistir é vencer e vencer é persistir.
Ao contrário do que dizem, para correr não basta um par de tênis e sair por aí. É preciso ter espírito elevado, um bom par de asas e orientação de quem entende do assunto. Toda mudança é possível. Como diz a música do inesquecível Rocky Balboa, “Gonna fly now/Flying high now/Gonna fly, fly, fly...”
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
* Por Fabiana Bórgia
Toda conquista começa sempre com o primeiro passo. O mesmo acontece com a corrida. Cada quilômetro é conquistado. Paciência, treino e dedicação são ingredientes para quem pretende evoluir (não apenas na corrida). É por isso que a corrida ensina a superar desafios. O maior deles: nós mesmos.
O que parece demandar sacrifício, no início, passa a ser motivador. Correr nos coloca em contato com a simplicidade de existir, com a capacidade de superar as barreiras que surgem em nossos caminhos, especialmente diante da complexidade da vida contemporânea. O corredor, mais do que esportista, é alguém que acredita em si. É alguém que acredita na vida. É alguém que não se permite parar no tempo.
Após um tempo de treino, você olha para trás e começa a enxergar sua trajetória. E não consegue acreditar em como um dia pôde ter sido sedentário. Por isso, sair do lugar cômodo, da zona de conforto, é importante. Jamais podemos temer a nós próprios. E se nada é estático e tudo se move para alguma direção, é bom escolhermos para qual direção iremos nos mover. É bom escolher.
Comigo foi assim. Comecei em esteira. Caminhadas. Fiz meus primeiros 5km. Repeti em várias provas esta mesma distância, até me sentir segura para avançar e arriscar meus primeiros 8km. Continuei. Procurei ajuda. Percorri os 10km. Depois almejei os 12km, os 14km e os 16km. Então vieram os árduos 18km. E agora, finalmente, os 21km, que não têm preço.
Mudei meu ritmo de vida. Passei a dormir mais cedo. A beber menos. A acordar e a ver o nascer do sol nos finais de semana.
Passei a cuidar melhor da alimentação. E, não satisfeita, procurei por um médico nutrólogo.
Passei a comemorar pequenas vitórias para almejar grandes conquistas. E a valorizar as pessoas boas e justas.
Passei a adotar uma rotina, aliando musculação e corrida, para não sofrer lesões. Tudo passo a passo.
Descobri que ter disciplina não é ser metódico, é apenas ter autocontrole, o que é muito sadio e faz muito bem para a autoestima. Ter disciplina é colocar as coisas exatamente onde você deseja.
Contei com o incentivo de grandes amizades. Escutei os mais experientes. E passei a compartilhar tudo isso com os iniciantes. Força interior que eu aprendi a exteriorizar.
Entendi que persistir é vencer e vencer é persistir.
Ao contrário do que dizem, para correr não basta um par de tênis e sair por aí. É preciso ter espírito elevado, um bom par de asas e orientação de quem entende do assunto. Toda mudança é possível. Como diz a música do inesquecível Rocky Balboa, “Gonna fly now/Flying high now/Gonna fly, fly, fly...”
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
Tudo que nos tire da apatia e do
ResponderExcluirsedentarismo é válido.
Valeu pelo incentivo.
Abraços