Cantinho da memória
* Por Pedro J. Bondaczuk
Minha memória sai ao sol,
num passeio pelo trigal dourado,
pelo lago cristalino e azul,
pela fonte luminosa da praça.
Minha memória quer banhar-se
nas águas do Rio Santa Rosa,
aspirar o aroma dos bosques,
ouvir a algaravia das aves.
Retorna, com minhas lembranças,
à varanda da casa de vovô,
perfumada pelo aroma adocicado
das flores de laranjeira,
preservada, num cantinho do passado,
como meu Éden particular,
minha alvorada para a vida,
meu paraíso indevassável
de beleza e encantamento,
indestrutível momento fatal.
Retorna e reencontra
todos jovens outra vez,
preservados dos desgastes
e alucinações do Tempo,
todos vivos e saudáveis,
como antes,
mais que antes,
num cantinho do passado,
em algum recanto ignoto,
em alguma dimensão da vida.
Não tem limitações no espaço,
derruba as barreiras do Tempo,
invade os campos do infinito,
tenta desbravar a eternidade
pois, quando me sinto triste,
triste, triste, triste mesmo,
pensando até em morrer,
minha memória (doce essência)
me abandona, simplesmente,
e, nas asas da recordação,
sai só, a passear ao sol..
* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
* Por Pedro J. Bondaczuk
Minha memória sai ao sol,
num passeio pelo trigal dourado,
pelo lago cristalino e azul,
pela fonte luminosa da praça.
Minha memória quer banhar-se
nas águas do Rio Santa Rosa,
aspirar o aroma dos bosques,
ouvir a algaravia das aves.
Retorna, com minhas lembranças,
à varanda da casa de vovô,
perfumada pelo aroma adocicado
das flores de laranjeira,
preservada, num cantinho do passado,
como meu Éden particular,
minha alvorada para a vida,
meu paraíso indevassável
de beleza e encantamento,
indestrutível momento fatal.
Retorna e reencontra
todos jovens outra vez,
preservados dos desgastes
e alucinações do Tempo,
todos vivos e saudáveis,
como antes,
mais que antes,
num cantinho do passado,
em algum recanto ignoto,
em alguma dimensão da vida.
Não tem limitações no espaço,
derruba as barreiras do Tempo,
invade os campos do infinito,
tenta desbravar a eternidade
pois, quando me sinto triste,
triste, triste, triste mesmo,
pensando até em morrer,
minha memória (doce essência)
me abandona, simplesmente,
e, nas asas da recordação,
sai só, a passear ao sol..
* Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance Fatal” (contos) e “Cronos & Narciso” (crônicas). Blog “O Escrevinhador” – http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Pedro, nas saudades da maioria, a casa do avô é o recanto das melhores lembranças. Belas recordações, belo poema.
ResponderExcluirNo poema "Cantinho da memória", Pedro mostra a infância, que vivera na antiga casa do av^.
ResponderExcluirRelembrando passeios no campo, no fundo da fazenda os banhos nas águas do ribeirão...
Recordar é viver!
Parabéns, Pedro