domingo, 21 de janeiro de 2018

Planos, por enquanto só planos


Uma pessoa, que se diz minha leitora, questiona-me, por e-mail, a propósito dos meus planos literários, sobretudo os de curto prazo. Pergunta-me se tenho algum novo livro engatilhado para ser lançado e qual a previsão desse lançamento. O mais correto da minha parte seria responder-lhe da mesma forma como essa pessoa me consulta, ou seja, de forma particular e não pública. Deveria enviar-lhe um e-mail com as respostas solicitadas e ficaria tudo resolvido. Mas não farei isso. Até porque, muitos outros leitores me fizeram a mesma pergunta.

Meu questionador elogia muito o meu texto por sua informalidade. Gosta dessa espécie de bate-papo que promovo neste espaço e também em meus livros. Diz que discorda de muita coisa que escrevo, mas que admira meu estilo, ou seja, minha maneira despojada de escrever. Garante que me acompanha assiduamente nos diversos espaços da internet em que tenho o privilégio de colaborar. Só que, conforme observo, ele sequer é seguidor deste espaço. A menos que o seja não utilizando seu nome de batismo, mas algum pseudônimo, como muitos fazem por aqui.

Embora o Literário, O Escrevinhador e minha página no Facebook estejam revestidos de certa formalidade, procuro, sempre que posso e que julgo oportuno, ser informal. Gosto de quebrar normas, porquanto acredito que não se deva, nunca, engessar a criatividade. Bem, mas chega de lero-lero, de explicações e de divagações, que não passam de enrolação. Vamos ao que interessa.

Tenho quatro livros publicados, embora conte já com 22 escritos, muitos dos quais, inclusive, revisados e prontos para serem “negociados” com editoras. Dos que já saíram do prelo, “Quadros de Natal” está rigorosamente esgotado. Como foi um livro bancado do próprio bolso, pretendo republicá-lo, mas adaptado para romance. O problema é encontrar editora que se interesse em publicá-lo. Potencial de venda ele já demonstrou que tem. Recuperei o investimento feito nele e, de quebra, apurei certo lucro, nada desprezível.

Do livro “Por uma nova utopia” não posso dizer coisa alguma. Doei, em cartório, todos os direitos comerciais dessa obra para o Centro de Defesa da Vida, entidade voltada à prevenção de suicídios. Compete-lhe, pois, decidir se lança ou não nova edição. E se lançar, a totalidade do que for arrecadado será dessa organização.

Sobre “Cronos e Narciso” e “Lance fatal”, lançados, simultaneamente, em setembro de 2010 pela Editora Barauna, pouco ou nada posso dizer. Fico na dúvida se os classifico de sucessos ou de fracassos editoriais. Continuo trabalhando (embora cada vez menos) na sua divulgação, mas confio na ação de fieis leitores para que as vendas me surpreendam, embora não seja provável que isso aconteça.

Se vierem a decolar... quero lançar, mas não sei quando, uma nova dupla de livros, e outra vez um de contos e outro de crônicas, intitulados, respectivamente: “Passarela de sonhos” (com histórias que têm como pano de fundo o carnaval) e “País da luz”. A tendência (dependendo, claro, da performance de “Lance fatal” e “Cronos e Narciso”) é a de negociá-los, de novo, com a Barauna. Mas… Sei lá!!!.

Contudo não pretendo parar por aí. Planejo lançar, em 2018, atualizado, um livro que nasceu no Literário, no qual abordo todas as copas do mundo de futebol que tive o privilégio de acompanhar nestas minhas sete décadas e meia de vida. O motivo de programar esse lançamento para tal ocasião é óbvio. É a realização da copa do mundo da Rússia.

Talvez não seja boa estratégia, mas pretendo continuar lançando meus livros futuros sempre em duplas. Ora um de contos e outro de crônicas, ora um romance e um de ensaios e assim por diante. Tenho esperanças de poder colocar no mercado, em prazo não muito longo, todos os 22 livros que já escrevi, embora essa possibilidade seja remotíssima. Por que? Porque dependo de boas vendas de “Cronos e Narciso” e “Lance fatal”. Daí minha insistência (reitero, cada vez menor) nessas duas obras que, até admito, não são as melhores que já produzi.

A grande dificuldade (talvez insuperável) para concretizar esses projetos é minha impossibilidade de visitar pessoalmente as editoras para encaminhar-lhes diretamente, sem intermediários, os respectivos originais. Em virtude da minha relativamente avançada idade, tenho sérias dificuldades de locomoção, que se acentuam não mais de ano para ano, mas de mês para mês. O envio dos originais pelos correios já se mostrou inócuo. Não funcionou com nenhum dos meus quatro livros publicados.

Tenho a esperança (que meus amigos dizem ser totalmente fantasiosa) de “impressionar” alguma editora e receber convite da supostamente interessada para publicar alguma, ou algumas de minhas obras. Afinal, tanto no Literário, quanto no Facebook, há um punhado de editoras que são minhas seguidoras. É provável que isso aconteça? Não! Aliás, é improbabilíssima! Mas é impossível? Claro que não! Nunca se sabe, não é mesmo?

Bem, creio que respondi aos curiosos leitores quais são meus planos, pelo menos em relação ao mercado editorial. Minhas atividades literárias, todavia, não se restringem à redação e publicação de livros. Pretendo continuar produzindo, produzindo e produzindo e publicando, publicando e publicando diariamente, crônicas e mais crônicas nos vários sites com os quais colaboro (que, se não me falha a memória, já são dez).

Esse tipo de compromisso, embora não me renda dividendos financeiros (na verdade, nesse aspecto, até me dá prejuízo), tem o condão de impedir que eu venha a me acomodar. Força-me a produzir, produzir e produzir, cada vez mais e melhor. Pois da quantidade sempre darei um jeito de extrair a desejável e bem-vinda qualidade.

Meu blog, “O Escrevinhador”, já entrou no décimo segundo ano, sem que eu deixasse de postar textos inéditos um único dia nele. E ali, só publico o que escrevo. É onde faço minhas experiências e testo o gosto e as preferências do meu público. E o “Literário” está muito próximo de completar também doze anos (o que irá ocorrer em 27 de março), o que é uma façanha, convenhamos, para espaços voltados para a literatura. Está aí, portanto, a resposta que me foi solicitada, sem tergiversação e sem ficar em cima do muro.

Boa leitura!

O Editor.


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Um comentário:

  1. Eu o sinto a cada dia mais próximo do seu leitor, sem pose nem arrogância.

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