domingo, 12 de novembro de 2017

O casamento

* Por Francisco Simões

Meus amigos, há uns bons anos passados eu fui convidado por ela para ser seu paraninfo na formatura de segundo grau. Aceitei com muita alegria e muita honra e lá fomos, eu e Zezé, junto com a jovem e sua mãe, participar daquela bonita cerimônia. Era a primeira vez que isso me acontecia.

Daquela noite saiu a crônica “Formatura de Segundo Grau” que foi a primeira que divulguei nesta nova fase, na internet, justo no CooJornal da revista RIO TOTAL, a convite da amiga Irene Serra, onde estou há cerca de dez anos. Éramos muito amigos, eu, Zezé, a formanda e sua genitora.

Passados mais alguns anos eu compareci, novamente a convite dela, à sua formatura do curso de enfermagem. Trabalhadora e muito dedicada aos seus estudos, ela vencia mais uma etapa de vida. Naquela noite, num dos melhores clubes da cidade, realizou-se a festa de formatura, na qual sua mãe foi a paraninfa.

Todos estavam alegres e felizes, foi uma festa bonita, apesar de São Pedro ter despejado sobre esta cidade um dos maiores temporais já vistos por aqui. Sair do clube já foi muito difícil, dirigir até em casa, mais ainda. Eu estava então sozinho, viúvo, curtindo uma solidão das brabas. Mas a linda festa compensou tudo.

A vida continuou seu rumo escrevendo histórias bem diferentes para todos nós, eu, Marlene e Grasiele, filha de Lena. Em 2008 decidi me casar com quem me dera toda a assistência na pior fase do meu viver, e fora, por cerca de 20 anos, uma boa amiga, sempre presente, sempre atuante em minha vida com Zezé: Marlene. Ela também, ao me aceitar como marido, nos deu a oportunidade de juntarmos nossos tropeços de vida e recomeçarmos mesmo em idade já mais avançada no tempo.

Pouco depois de completarmos dois anos de nosso matrimônio, eis que Grasiele resolve tomar mais uma decisão definitiva em sua vida: casar com Leandro, seu antigo namorado. Participei junto com Lena de todos os preparativos e nos empenhamos para que fosse mais um daqueles momentos inesquecíveis na vida de Grasi. A correria foi grande, contatos diversos, providências muitas a tomar e o tempo voava.

Sabíamos que da cidade de Bom Jesus de Norte (ES), terra natal de Lena, Grasiele e toda sua família, viriam muitos amigos e parentes. Tudo tinha que ser calculado nos mínimos detalhes, inclusive a acomodação para mais de 40 pessoas e o almoço do dia seguinte, domingo, antes de voltarem às suas bases. Felizmente não houve nenhuma falha. Aqui em Cabo Frio moram mais três irmãs de Lena, um irmão, e suas respectivas famílias.

O casamento ocorreu na catedral antiga da cidade, para meu gosto mais bonita que a nova com todo o esplendor desta. Por todos os relatos que ouvi da turma cá de casa a cerimônia na igreja foi maravilhosa. A noiva entrou de braços com seu irmão, Julierme, o nosso Julinho, que exibia uma postura e uma elegância dignas de nota. No altar ela foi entregue ao seu noivo, o Leandro, amigo da família.

Minha Lena entrou na igreja de braços com Fábio, irmão de Leandro, o noivo, e saiu junto com seu filho Julinho. Pois é, meus amigos, eu fui o grande ausente. Participei de tudo menos do casamento e da linda festa que houve a seguir, festa que foi por nós, especialmente por Lena, calculada nos mínimos detalhes, a começar pelo local. Um ambiente maravilhoso com grande gramado, árvores, iluminação apropriada, e farto estacionamento. Uma das mais lindas casas do bairro do Braga. Repito, mas eu não estava lá.

Explico, dias antes fui acometido por uma forte Virose Gripal que me derrubou a grande. Uma febre diária, moleza no corpo, eu nem conseguia andar direito, não tinha vontade de sair do quarto e quando insistia acabava esbarrando nas paredes e voltando para a cama. Foi uma pena, com certeza, lamentei muito. O importante é que tudo correu bem e os amigos e familiares que vieram prestigiar Grasiele saíram daqui todos muito felizes.

Separei algumas fotos tanto do casamento, na catedral, como da festa, entre cerca de 80 que me arrumaram, para mostrar aos amigos momentos de ambos os eventos. Faço justiça a esta família, a qual pertenço há mais de dois anos, dizendo que são todos muito alegres, pessoas com astral pra cima, e olhem que muitos já sentiram o sabor amargo de uma vida pontilhada de dificuldades de toda ordem, porém jamais se deixaram abater.

Confesso que já aprendi muito com eles numa troca de experiências cada qual com sua história de vida. Vida que a nossa Grasiele, ao casar, vai reescrever daqui para a frente junto com seu marido, o Leandro.

Desejamos a eles toda a sorte do mundo.


* Jornalista, poeta e escritor.




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