sexta-feira, 22 de maio de 2015

Pílulas literárias 208


* Por Eduardo Oliveira Freire


REVIDE

"Pois é, vejo-a neste instante no outdoor, parece a deusa da beleza. Mas, conheci o outro lado de você, frágil e tímida. A gente na escola lhe chamava por vários nomes feios. Agora, está aí com este sorriso triunfante, principalmente, ao me ver derrotado pela vida e machucado por ter caído do precipício dos meus sonhos gigantes. VACA!"

Riu com certa amargura e se deixou levar pelas obrigações do cotidiano. Assim, enterrava sua inveja nas profundezas de seu ser.

*** 
MADRUGADA DE SEGUNDA

Um som ao longe denuncia resistência dos que odeiam a segunda-feira. Motos barulhentas cortam as ruas na maior velocidade. Cachorro late. Roncos do quarto ao lado ecoando pelo corredor. Uma parte de mim quer dormir e a outra continuar a navegar na internet. Passos na rua deserta, imaginação à flor da pele. Quem será? Vou à janela e não vejo nada.  Talvez o solitário que caminha pela madrugada de segunda seja eu...

*** 
VERDADEIRA IDENTIDADE

Completamente perdido olha para chão e só ouve os próprios passos. De repente, encontra uma poça d’água e vê o reflexo do céu. Então, lembra-se de sua origem. Fica alegre e triste ao mesmo tempo.

* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/




Um comentário:

  1. As pílulas acabam sendo reflexões pessoais no seu bom estilo introspectivo, Eduardo.

    ResponderExcluir