O que resta
* Por
Núbia Araujo Nonato do Amaral
Talvez a privação de liberdade
talvez o despojamento compulsório,
talvez o que sobrou de dignidade.
A casa, o jardim, a mesa farta
o tédio do domingo desperdiçado
nas janelas.
A última briga, o último sorriso,
o último suspiro de prazer.
Os olhos opacos de fome
de sede, de dor, esperam na
morte o desatar dos grilhões
enquanto o algoz dorme o sono
dos justos.
* Poetisa, contista, cronista e colunista do
Literário
Os fins de luta são duros de serem atravessados.
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