sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Adeus


* Por Flora Figueiredo


Abraçam-se despedidas.
Lenços molhados acenam na partida.
Gaivotas traçam rotas com retas de nunca mais.
À beira do cais,
os amores temem naufragar.
O que dói no adeus não é partir.
O que mata no adeus é não voltar.

* Poetisa, cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça - às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal, seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.


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