Terra que treme
* Por
Osvaldo Orico
- Que fazeis pr’aí,
homem de Deus? Não tens em que entreter-se hoje? E aquele mato que está por
queimar? E o monturo dos fundos, quem vai remover? Onde já se viu semelhante
preguiça?
Era a voz do feitor,
correndo do pátio da fazenda o pobre do Pancho. Pancho Papaterra, como ele o
chamava, só porque o rapaz tinha a cor parda do solo e vivia com os pés metidos
na lama, como um boneco de barro. Seu derivativo, para espairecer das fadigas do
trabalho, era vir espiar Cholita, inclinada no bastidor de bordado com um ar de
estampa antiga. Era a sua debilidade. Um momento de folga, um minuto de
distração do ferrabrás, e lá vinha o Pancho para junto do alpendre extasiar-se
ante a presença da moça, colorindo os olhos baços com aquela pintura, molhando
a vista naquela paisagem. Cholita era fria, indiferente, mas sem crueldade.
Consentia naquela adoração distante, deixando-se surpreender e admirar pelos
olhos fascinados de Pancho:
- Pobre! Deixá-lo pr’aí...
Que mal poderá resultar disso? Seria impiedade enxotá-lo quando lhe dá a mania.
Por ela, ficaria por
ali quanto tempo quisesse. Não lhe queria mal, apesar dos olhos súplices com
que a espreitava, uns olhos ternos na aparência, mas no fundo desejosos. Não
podendo revelar a cobiça, refletiam a humildade.
Já o mesmo não se
passava com o pai da moça, o truculento Don José, senhor de baraço e cutelo em
toda a redondeza. Não era a primeira vez que o zelo ou a crueldade do feitor o
varria da presença de Cholita, interrompendo o êxtase do monstro. O coitado
volvia aos misteres pesados, recolocando a canga nos ombros disformes. Os
braços peludos e grossos tinham que enfrentar novamente o monturo, o charco, a
lama, de onde pareciam ter nascido e com os quais se confundiam na labuta de
todas as horas. Os olhos guardavam, cabisbaixos e humilhados, a vergonha da
fascinação sem esperança. Sua única distração era aquela. Isso mesmo poucas
vezes lhe era permitido, porque os cuidados de Don José com a filha não consentiam
semelhante passatempo.
- Não quero mais a
presença desse tipo perto da casa! Que fique no curral, que é o lugar dos
porcos. E essa! Pôr-se agora a fingir que é gente, o Papaterra!...
- Não fales desse
jeito, pai. Ele não faz por mal. Não tem nenhum carinho no mundo... É natural
que queira aproximar-se de alguém. Por que o tratas assim?
- Trato como devem ser
tratados todos esses animais. Nenhuma contemplação. Sei o que valem. Sei do que
são capazes.
As advertências da
moça não conseguiam influir no espírito despótico e atrabiliário do pai. Don
José mostrava-se intransigente, confiscando ao capataz todas as oportunidades
de vir postar-se nas imediações da casa e prosseguir naquele estado de
embevecimento que quase o humanizava. Porque a atitude de adoração era o meio
de humanizar a figura grotesca, suja e terrosa de Pancho, a única porta pela
qual ela se comunicava com o mundo. Saía de dentro dos farrapos, escapava-se da
imundice, como se a libertassem do cativeiro as asas de um sonho. O físico
abjeto, chumbado ao solo, ganhava uma expressão mística, ajeitando-se na sua
postura, como se o sentimento interior pudesse remodelar o volume físico,
atenuando-lhe as feições primitivas e bárbaras. Encostado na cerca, distraído,
imóvel, o monstro parecia menos ignóbil do que acurvado sobre o lodo, a remover
a lama da fazenda com as mãos grossas e encharcadas. Quando estava na faina não
se sabia onde terminava o entulho e começava o homem. Ambos confundiam-se na
mesma escravidão e no mesmo aspecto, enlaçando o seu destino ingrato, como se
um se prolongasse no outro. Libertando-se do charco, o monstro como que se
libertava também de sua carapaça, incorporando-se à humanidade pela tangente da
ternura. Não seria possivelmente um ser humano; mas deixava de ser bicho. Desprendia-se
da forma oleosa do barro e era quase gente, com a sua tristeza comunicativa.
Afinal, ele pensava. Afinal, ele sentia. E essas duas coisas eram as únicas
compensações da natureza. Por via delas é que teimava em fugir do lodo e
espreitar, sempre que podia, a imagem de Cholita, a bordar no pátio da fazenda.
Quando ela erguia os olhos do rascunho do bastidor, topava com Sancho, agachado
lá adiante como uma sombra. Disfarçava o horror que lhe tinha com uma espécie
de piedade e tolerância. No fundo, sentia medo; mas não queria agravar a cólera
do pai denunciando o pavor que lhe causava semelhante aparição. Iludia-o com a
sua bondade, mostrando-se cortês e generosa. Dento dela, porém, travava-se um
drama. Porque desconfiava dos instintos que trabalhavam aquela presença
estranha. Sabia que essa resignação era fingida; que essa doçura era hipócrita.
Buscava tranqüilizar as outras pessoas sobre a conduta de Papaterra,
figurando-o um ser inofensivo, poemático, irreal. No íntimo, porém, o pavor a
arrepiava. Sentia uma inquietação, um mal-estar. Não essa inquietação nem esse
mal-estar que açoitam a mente, povoando-a de fantasmas e visões; mas um
desassossego vital, como se aquela caricatura humana lhe esticasse os nervos,
lhe mexesse com a vida. Não sabia explicar. Toda vez que ele a vinha
surpreender no seu passatempo favorito, uma inquietação lhe sacudia o corpo,
fazendo-o estremecer. Continha-se. Procurava dominar-se para não denunciar a
ninguém o seu estado. Principalmente ao pai, cuja violência podia ser fatal aos
êxtases do monstro. Já lhe cortava o coração a maneira com que o enxotava de
perto sempre que lhe percebia o rastro.
- Trata-o de outro
modo. É gente como nós. Que culpa tem ele de haver nascido assim?
A intervenção da filha
não aplacava a ira de Don José, se acaso bispava a carantonha de Sancho
espreitando a moça no alpendre.
Açoitava-o. Xingava-o.
Injuriava-o.
- Sai-te daqui, peste
do diabo! Já acabaste de dar babugem aos porcos? Papaterra escapulia-se aos
saltos, como um sapo, chafurdando novamente no chiqueiro, como lhe impunha o
amo. A cara não denunciava a mínima revolta. Parecia conformado com a sorte. Os
outros riam dele, zombando do vezo de intrometer-se no jardim para espreitar a
moça.
- Este Sancho tem cada
uma!
- Para o que havia de
dar o biltre!
- Não se enxerga mesmo
o safardana! Tirar-se de seus cuidados para andar espiando a senhora. Só mesmo
uma surra bem dada.
Os comentários e as
injúrias dos maiores da casa não lhe alteravam a máscara de barro. Era de uma
resignação a toda prova. Fosse por inocência, fosse por instinto, o monstro não
se dava por achado. Aceitava tudo com paciência, mostrando-se complacente e
submisso às injúrias que lhe atiravam. Tudo isso fazia presumir que fosse de
boa índole, dócil e resignado. Nunca se revoltava. Nem com o cativeiro, nem com
o insulto. O patrão é que não lhe tinha nenhuma confiança. Adivinhava no seu
íntimo tempestades ocultas.
- Vocês não imaginam
de que são capazes essas criaturas!
E apontava para
Papaterra, acocorado na sua mansarda, com a cara mais humilde e miserável do
mundo.
Uma vez por outra, a
peonada da fazenda promovia um farrancho. Havia dança e vinho. Bailava-se e
bebia-se. Papaterra, porém, não se metia nos furdunços. Não havia quem
conseguisse desentocá-lo do mocambo. Dali só saía se obtinha uma escapulidela.
Então, esgueirando-se pelo cercado, ia à cata de um lugar de onde pudesse
espreitar a moça. Era a única distração de sua vida. E enquanto não o corriam
dali com chibatadas ou palavrões, o tipo deixava-se ficar na sua cisma, estendendo
os olhos em todas as direções onde Cholita pudesse aparecer ou ser vista.
A fazenda ficava a
pouca distância da cidade. Do avarandado da casa via-se a estrada que levava a
Chilan, como um braço estendido agarrando o centro urbano. Duas ou três vezes na
semana, Cholita saía para as compras. Era ela que abastecia a despensa da
habitação, substituindo nas ocupações domésticas a mãe, que cedo se findara.
Don Jose, conquanto demasiado zeloso com a filha, permitira que se encarregasse
desses assuntos, mesmo para aliviá-la das leituras e dos bordados. Nada mais
natural. O único que ficava aos pulos, quando a moça se ausentava, era
Papaterra. O capataz não continha a intranqüilidade quando a via sair ou lhe
parecia que não estava. Era como se lhe houvessem roubado alguma coisa, como se
lhe subtraíssem, mesmo por pouco tempo, uma prenda ou uma jóia. Do atoleiro da
fazenda, para onde o empurravam, ele esticava os olhos pela estrada, para
seguir ou esperar que a moça voltasse. Os que o observavam naquela obsessão levavam
à conta de cuidado as inquietações do infeliz. Pobre! Não tinha outra distração
na vida. Nem sequer o vinho lhe apetecia. Que fazer? Criar uma preocupação,
alimentar um sentimento qualquer. Cholita era a única pessoa que parecia
apiedar-se dele. Pelo menos não o escorraçava, como os outros. Então que
sucedeu? Insensivelmente o capataz se foi deixando atrair pela generosidade da
moça, transmitindo a essa condescendência a ternura que jamais lhe fora
permitido dedicar a alguém. Todos zombavam dele. Ou expulsavam-no de seu
convívio. Então Papaterra obcecou-se pela única mão que não o maltratara, pelos
únicos olhos que se compadeciam dele. Era a explicação que se podia dar àquela
maneira de votar-se a uma pessoa. Assim pelo menos o entendia a gente do lugar.
Menos o fazendeiro, homem ríspido e autoritário, que excluía de suas cogitações
toda espécie de sentimentalismo. A humanidade estava para ele perfeitamente
distribuída, havendo que manter cada um em seu lugar. Quem nasceu para a
servidão, devia contentar-se em servir. Pária é pária. A natureza sabe o que
faz. Por isso existem o trigo e o joio. Em suas mãos estalava sempre o chicote,
argumento que servia para completar a sua teoria. E, muitas vezes, para
impô-la.
A verdade é que os
fatos lhe davam razão. Suas terras prosperavam. Entre a cidade e o campo, a
fazenda era que nem um brinco de permeio. Não havia quem não parasse por ali
para admirar as buganvílias que subiam pelo terraço e emolduravam as janelas
brancas, tingindo de vermelho a frente da habitação. E as vinhas, caminhando
pesadas de cachos sobre os varais das pérgulas. E os pessegueiros! E os
canteiros de cravos! E ao fundo, espiando de longe e do alto, pinheiros esguios
e contemplativos. Mãos obedientes haviam arrancado do brejo aquela paisagem
feiticeira. Os ombros dos párias haviam levantado palmo a palmo as vivendas que
a circundavam. E o suor dos últimos suicidas saneava a terra lodosa que restava
por brotar. Tinha razão Don José.
- Então, moleque, como
vai o pântano?
- Vai indo, vai indo,
patrão.
- Há dois meses já que
me dizes a mesma coisa e vejo tudo no mesmo. Não há jeito de ir isto avante!
- Um pouco de
paciência, patrão. É que essa terra é mesmo braba e escorregadia. Olhe que se
tem feito força! Mas a bicha não dá trégua. Trabalha-se pela noite a dentro,
até de madrugada. Pancho que o diga.
- Ora, o Pancho!
- Sim, senhor, patrão.
Até de madrugada, com lama pela cintura. Vosmecê não se lembra, mas é a
verdade. Depois, meu patrão, essas são as tais terras malditas.
- Lorotas! Malditos
são aqueles que não sabem fazer as terras produzir. Não me venham cá com
histórias da carochinha. Lá é que se ouvem coisas de feiticeiras e dragões.
Metam o braço com vontade e verão se isto seca ou não seca. Também com as
léguas do lado se passava o mesmo. E hoje! E hoje! Lá está o massapé coberto de
laranjeiras.
E Don José mirava
orgulhosamente as áreas arrancadas ao pântano.
- É verdade que
tínhamos então um braço. O pai do Pancho não media as horas de trabalho. Tinha
de fazer, fazia.
- Por isso mesmo,
patrão, acabou do jeito que se sabe: misturado com a lama. É preciso cuidado. A
terra é traiçoeira. Quando quer se vingar, não há quem lhe escape...
A insinuação do
capataz ia ao fundo da alma do fazendeiro, despertando-lhe recordações da
maneira pela qual se assenhoreara daquelas áreas. Diziam-se coisas. Aquilo tudo
estava em mão de uma pobre gente que, de uma hora pra outra, fora obrigada a
abandonar suas palhoças e ranchos. E se dispersara pelas redondezas, vagando
sem teto, como almas penadas. Então vinham as pragas. E uma delas caíra
exatamente sobre o capataz mais fiel de Don José. Morrera abraçado ao solo. O
filho, o pobre do Pancho, era aquela desgraça. Parecia uma vingança da terra,
com a sua aparência de sapo escravizado ao charco.
A ambição de Don José
não via tais indícios. O que ele queria era a riqueza, a propriedade, o
triunfo. Não lhe importava como consegui-lo. E à custa do sacrifício de quem
fosse. Podia tudo ir para o diabo! Contanto que as lavouras cobrissem os sítios
de que se apossara. O resto era conversa fiada...
- Por que não compra
também as terras que ficam do outro lado da estrada, patrão?
- E o homem está
disposto a vendê-las?
- Claro! E, se não
estiver, a gente o convence!
Para todas as
violências havia sempre um argumento. Não foi necessário muito esforço para
persuadi-lo da conveniência de fazer o negócio. Bastou a idéia. Da realização
se encarregaria ele. Mandou arrear o cavalo. Juntou os homens. E foi. Cholita
ficou em seu bastidor de bordado, distraída com os matizes das lãs que lhe
coloriam o linho. O dia passou calmamente, sem que ela levantasse os olhos do
pano. Nem mesmo para ver a tarde, que oferecia um aspecto heróico. O céu
vermelho parecia lutar com a noite, opondo-lhe a resistência de grandes nuvens
rosadas. A cordilheira, ao longe, batida de sol, escaldava. Por fim, o
horizonte se deixou encher pela noite e a moça interrompeu o trabalho,
estendendo os olhos à noite que chegava macia e veludosa como os novelos que
lhe caíam das mãos. Desceu ao portão para espiar a estrada. O pai demorava. Já
passava das oito sem que voltasse. Esperou ali um tempo. E nada. Nisto sentiu
alguém ao seu lado tocar-lhe a mão. Um coisa se movia sob seus pés. Baixou os
olhos para identificar o que fosse. Quase recuou horrorizada. Logrou, porém,
conter-se. O Papaterra, esgueirando-se pelos canteiros, chegara até ela e
beijava-lhe os dedos. A princípio, com receio. Depois, com sofreguidão.
Era uma carícia úmida,
esquisita, escorregadia. Como se o lodo subisse do solo. E a enlameasse. Sempre
tivera por aquele ente estranho uma grande piedade mas naquele momento,
sentindo mais que a sua presença, o seu contato, tomava-se de medo, de nojo.
Evitava, porém, denunciar o pavor que a dominava. E permanecia ali, imóvel,
como que presa à terra, sem dizer palavra, sem fazer um movimento. O capataz,
estimulado por uma aparente benevolência, avançava com as mãos pelos braços de
Cholita, envolvendo-os em afagos súplices, derretidos... E como não encontrasse
resistência, espalhava-as pelo rosto, pelos cabelos, sem que a moça se sentisse
com ânimo de escorraçá-lo, de afastá-lo dali com os pés. Estava como que
grudada ao solo, a respiração suspensa, os sentidos perturbados. Não se julgava
dona de si mesma. Queria gritar; mas uma sensação nervosa lhe tapava a boca.
Desejava fugir; mas as pernas desobedeciam à sua vontade, imobilizadas no
terreno. E o pior é que as mãos de Pancho já não se contentavam com o rosto,
nem com os cabelos. Varavam-lhe os seios, forçando o decote do vestido. Pela
estrada, nenhuma sombra viva. Papaterra, desempenando o busto até antes
acurvado e grotesco, ameaçava arrastá-la para o fundo do quintal, onde ele
refocilava no brejo. Então sucedeu uma coisa que nem mesmo Cholita teria podido
esperar: uma onda de sangue lhe degelou as pernas. E com elas arremeteu contra
o capataz, obrigando-o a esgueirar-se pela sombra do jardim. Dali continuava a
espreitá-la. Poucos passos o separavam do alvo. Humilhado e corrido, ameaçava-a
ainda com a sua presença. Cholita alongou os olhos pela estrada, como a
implorar proteção. E nada. De repente, sentiu que as vicejantes trepadeiras do
alpendre desabavam, que a casa vinha abaixo, que as paredes não resistiam, que
a terra se partia em pedaços, irritada e aflita, esticando os nervos na contorção
de um minuto terrível, trágico. Um minuto, apenas...
Quiseram poupar a Don
José a verificação do sucedido; mas ele teimou em visitar os escombros. Queria
participar da tragédia pela dor, já que não lhe pudera oferecer a vida. Aquela
vida egoísta, calculada, lucrativa... De longe via o espetáculo sinistro.
Ambulâncias. Padiolas. Barracas de lona fincadas no solo como se quisessem
costurar a terra feita em pedaços. Toda a ambição de uma existência estava ali
arrasada. Nada escapara à catástrofe: a vivenda, o arvoredo, o gado, a lavoura.
Desceu a remover o entulho para descobrir o que era mais caro ao coração. Os
olhos empapados e feridos nada podiam distinguir: nem onde estivera a flor, nem
onde houvera o monstro. Tudo era a mesma pasta informe. Massa escura sem
vestígios de perfume ou de instinto. Cegueira da natureza. Revolta do solo!
Força que não distingue a inocência ou o crime. A beleza ou a podridão.
Embalde se esforçava o
fazendeiro para recompor destinos, em busca de um vestígio que lhe segredasse onde
brilhara a estrela ou chafurdara o sapo. Embalde dava tratos à bola, já meio
atarantado, para recompor um mundo que ele vira, que ele criara com a sua
vontade e o seu chicote, um mundo sensível, ordenado, obediente. Onde cabiam a
luz e a sombra. A estufa e a lama. O incenso e o asco.
Tudo era agora um só
espetáculo. Uma única dor. Uma igualdade sem remédio, desperta subitamente a um
simples arrepio da terra.
(Marabaxo, 1960.)
* Poeta,
romancista, biógrafo e memorialista paraense, membro da Academia Brasileira de
Letras
Nenhum comentário:
Postar um comentário