quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Enclausurado


* Por Samuel C. da Costa


Para negra Valquíria


Enclausurado estou!
Nos teus braços incorpóreos
Oh minha sagrada diva
 Fico eu...
Embriagado pelo eflúvio
Sutil!
Da Halfeti!
Do jardim dos sonhos
 Das Hepérides!

Vem minha amada...
Despida de todos os mistérios
Vem pura!
 Vem completa...
Entrega-te por inteira
Em noites sidéreas
Lascivas
Noites perdidas
No tempo e no espaço

Dou-te...
Todo meu profano amor
Devoto a ti
Deusa Luna!

São as minhas quasimodas mãos
A percorrer o teu corpo nu!
A desvendar-te por completo
O teu sagrado ser infindo

Quero perder-me!
Na majestosa torre de marfim
Oh misteriosa negra Valquíria

Vem ninfa do bosque
Faze-me juras de amor
Juras profanas
Lascivas
Juras eternas

Vem minha deusa profética
Vamos juntos orvalharmos
No profano vergel
Banharmos em luar


* Poeta de Itajaí/SC

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