O que você vai ser quando crescer?
* Por Evelyne Furtado
"Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino". Fernando Sabino.
Há dias nos quais escrever muito me custa. Não que não tente, pois fiz começos, meios e fins de dois textos, que se recusam a aparecer. Se por timidez, recato ou bom senso eles se escondem, não sei.
Sei que enquanto esperava desvencilhar-me de um congestionamento na saída de um shopping pensei em vários assuntos sobre os quais poderia escrever. Também sei que Fernando Sabino está na agulha há muito tempo. Devo a ele parte do meu gosto pela leitura, desde que ganhei do meu pai os livros da série “Para Gostar de Ler”.
Chegando em casa lembrei de “O Fazendeiro do Ar”, um curta que Sabino fez com Drummond e imaginei como ele teria convencido o poeta tão sério a andar para lá e para cá sob as colunas do edifício do Ministério da Educação no Rio, enquanto Fernando o dirigia. Dois meninos brincando de esconder?
Pois bem, 12 de outubro, Dia da Criança, é aniversário de Fernando Sabino, um dos grandes nomes da cultura brasileira do século XX, autor de obras como “Encontro Marcado”, “O Grande Mentecapto” e “A Mulher do Vizinho”.
Em 11 de outubro de 2004, morreu aos 81 anos, o romancista, o cronista, o jornalista e o editor que também foi músico, cineasta amador e menino.
Suspeito que o amigo de Rubem Braga, de Vinicius de Morais, de Clarice Lispector, de Paulo Mendes Campos e de Carlos Drummond de Andrade, entre tantos, tenha brincado sempre na vida e que talvez por isso tenha exercido tão bem as inúmeras atividades às quais se dedicou.
.
Ainda em dívida com o dono de riquissima biografia, exponho com carinho essa pequena crônica sobre Fernando Sabino lembrando de meninos e meninas de todas as idades que vivem com arte, humor e muita sabedoria.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
* Por Evelyne Furtado
"Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino". Fernando Sabino.
Há dias nos quais escrever muito me custa. Não que não tente, pois fiz começos, meios e fins de dois textos, que se recusam a aparecer. Se por timidez, recato ou bom senso eles se escondem, não sei.
Sei que enquanto esperava desvencilhar-me de um congestionamento na saída de um shopping pensei em vários assuntos sobre os quais poderia escrever. Também sei que Fernando Sabino está na agulha há muito tempo. Devo a ele parte do meu gosto pela leitura, desde que ganhei do meu pai os livros da série “Para Gostar de Ler”.
Chegando em casa lembrei de “O Fazendeiro do Ar”, um curta que Sabino fez com Drummond e imaginei como ele teria convencido o poeta tão sério a andar para lá e para cá sob as colunas do edifício do Ministério da Educação no Rio, enquanto Fernando o dirigia. Dois meninos brincando de esconder?
Pois bem, 12 de outubro, Dia da Criança, é aniversário de Fernando Sabino, um dos grandes nomes da cultura brasileira do século XX, autor de obras como “Encontro Marcado”, “O Grande Mentecapto” e “A Mulher do Vizinho”.
Em 11 de outubro de 2004, morreu aos 81 anos, o romancista, o cronista, o jornalista e o editor que também foi músico, cineasta amador e menino.
Suspeito que o amigo de Rubem Braga, de Vinicius de Morais, de Clarice Lispector, de Paulo Mendes Campos e de Carlos Drummond de Andrade, entre tantos, tenha brincado sempre na vida e que talvez por isso tenha exercido tão bem as inúmeras atividades às quais se dedicou.
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Ainda em dívida com o dono de riquissima biografia, exponho com carinho essa pequena crônica sobre Fernando Sabino lembrando de meninos e meninas de todas as idades que vivem com arte, humor e muita sabedoria.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
Evelyne
ResponderExcluirLi e reli "O encontro Marcado" de F. Sabino, e sempre com o mesmo prazer. Também gosto muito das crõnicas deste autor. Parabéns por escrever sobre ele.
Beijos
Bela homenagem ao grande Fernando Sabino, amiga Evelyne. Taí uma unanimidade da nossa literatura. Revi "O Fazendeiro do Ar" há pouco tempo, se não me engano na TV Cultura. Realmente, aquela cena do esconde-esconde é memorável. Não sei como o Sabino conseguiu arrancar aquela molecagem do circunspecto gauche. Um beijo pra você.
ResponderExcluirObrigada, Risomar e Marcelo! Beijos, amigos.
ResponderExcluirLi " O Encontro Marcado" e "O Homem Nu" e li coisas horríveis sobre "Zélia, uma Paixão". Nem tudo foi perfeito, mas quase. Não sei por que temos essa facilidade de julgarmos e de ainda irmos na onda dos julgamentos alheios. A questão foi financeira, acusaram-no. Melhor esquecermos esses percalços e ficarmos nas coisas boas, que foram muito boas mesmo.
ResponderExcluirÉ sempre bom relembrar e Fernando sabino
ResponderExcluirmerece essa homenagem.
Abraços