terça-feira, 6 de abril de 2010




Expressão Crua

* Por Evelyne Furtado

Crua, a minha expressão
Nasce da ponta da faca ou da mão
Que perfura ou afaga
Minha fala grita e sussurra
E quando calo, ainda assim, falo
Silêncio nem sempre calmo
Pois que ainda a serenidade caço
Em monólogo ou diálogo
Não ou sim digo com alma
Pranto ou gargalhada
Também o olhar molhado, em minha face,
Convive com o riso desenhado
Avanço, recuo e caio
Entro e saio
Não nego dor ou alegria
Não aprendi a dissimular
Tarde demais para praticar
Meu espírito é noite, tarde e dia
De dentro para fora
De fora para dentro
Expresso amor, abandono, euforia.

(Tela de Jóse Manuel Merello).

* Poetisa e cronista de Natal/RN

5 comentários:

  1. Uma bela poesia plena
    de vitalidade.
    Beijos

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  2. Um poema tão expressivo e autêntico quanto a autora. Raio de sol nesta terça chuvosa. Um beijo e parabéns, minha amiga.

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  3. Uma bela e sábia composição artística de imagens e versos. Muito bom, poetamiga!
    Beijos do,
    Calvino

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  4. Poema que revela a verdade de sua autora. Parabéns, Evelyne!
    Beijos

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  5. Uma miscelânia muito gostosa, uma salada de todos os sabores e de todos os sentimentos.

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