terça-feira, 20 de abril de 2010




Estudo primeiro para mar, gaivotas,
sintetizador, violoncelo e violinos

* Por Washington Queiroz

Para Jean Michel Jarre

As gaivotas não voltam.
Os mares são sempre amanhã.
Cântico de pios/estrondo de águas:
melodia zoohídrica
sob o azul paciente dos violinos.
As gaivotas não voltam.
Os mares são sempre amanhã.
Nostalgia bramindo em sussurros,
em chiados, feito sintetizador;
em roncos, feito violoncelo.

As gaivotas são sempre amanhã, pois
os mares não voltam.

* Poeta e antropólogo baiano, autor do livro “A dança dos véus – fantasia e fuga”.

2 comentários:

  1. E do jeito que a coisa anda amigo
    o vôo da gaivota e o cheiro do
    mar, vão se tornar apenas lembranças...
    Abraços

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  2. Que poema forte! Mar e gaivota, precisa de mais? Tomara que eles sempre voltem!

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