segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Resgate

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral.

Às vezes fico a me indagar
o que aconteceria se eu
viesse a lhe faltar.
Chorarias talvez...
Reduzirias-me aos poucos
em tua memória.
Uma ou outra coisa te
despertaria, mas nada
roubaria de ti a fome,
a sede ou o calor.
Quem parte deixa
um gosto, um cheiro,
um brinde.
Não sei o que deixar pra ti.
Deixo-te então as dúvidas
que te roubarão o sono
resgatando-me nas
nuvens de tuas lembranças.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário:

  1. Que lindo, Núbia! A singeleza dos fatos e a doçura das palavras, tornam o seu poema especial e único.

    ResponderExcluir