segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Mãos

* Por Núbia Araujo Nonato do Amaral

Mãos de crianças,
sempre estendidas.
Mãos joviais, 
geralmente reticentes.
Mãos maduras,
subservientes.
Mãos calejadas,
cheias de veias azuis,
como os sulcos dos rios.
Trêmulas, vacilantes,
como a pedir num toque,
ainda que sutil,
a cumplicidade de quem ainda
cumpre na terra,
uma longa jornada.

(Poema dedicado às "meninas" do Projeto Amor, cujas mãos ilustram no tempo, histórias de princesas, de fadas, de sapos e dragões. Histórias narradas com a destreza de quem desafia na vicissitude, os nós de nossas tramas).


* Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário

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