O menino rei
* Por Talis Andrade
O menino rei
se aventurava
pelas verdejantes
plantações do pai
Com afiado canivete
abria vulvas
nas bananeiras
que abraçadas
pelos braços de um macho
logo botavam cachos
soltando gemidos de mulher
Mansos os animais
vinham comer
nas mãos do menino rei
As viscosas fendas
abertas nas bananeiras
antecipavam o imaginário
primeiro gozo
no sexo das ninfetas
os seios apontando
túmidos doloridos
doces limões crescendo
nas ruas de Limoeiro
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
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