terça-feira, 19 de abril de 2011







Duas ou três coisas que
elas não sabem sobre eles

* Por Clóvis Campêlo

Como diz o poeta Ferreira Gullar, eu não quero ter razão, eu quero é ser feliz.
As mulheres sempre têm razão. Por isso, sentem-se infelizes.
Penso que um dos grandes erros das mulheres é querer entender o homem sob a ótica feminina.
Homem e mulheres são figuras distintas tanto física quanto psicologicamente.
Por outro lado, enquanto a mulher é mais idealista, o homem é mais instintivo.
A mulher se apaixona, o homem caça.
As regras sociais é que modificam isso e criam situações absurdas.
Quando um homem se sente atraído por uma mulher, ele instintivamente sabe que aquela atração se dá por conta da combinação genética adequada para a reprodução filial.
Como o homem é um reprodutor instintivo, natural, ele pode se sentir atraído por mais de uma mulher sem sentir nenhum constrangimento por isso. Pelo contrário: isso serve como auto-afirmação da sua condição masculina.
Ao homem-instinto interessa propagar a sua marca genética. É claro que as (in)conveniências sociais modificam o seu comportamento e o forçam a estabelecer estratégias de burla.
O homem quase nunca (é claro que existem as exceções patológicas) idealiza a relação com a mulher. Para ele, o objetivo final sempre é a relação sexual.
Não existe nenhum cretinismo nisso, porém. Isso faz parte da sua maneira instintiva de ser.
Sei que essa declaração pode gerar controvérsias, mas eu a estou fazendo desprezando a hipocrisia das conveniências sociais. Estou ficando nu, embora saiba que a minha nudez masculina possa chocar e parecer provocação.
As mulheres sofrem pela sua capacidade de abstração, de idealizar, de sonhar.
Isso também faz parte da maneira de ser feminina. Só que o homem, dentro das suas estratégias de burla, percebe isso e pode disso fazer usos inescrupulosos.
Por outro lado, essa necessidade constante que o homem tem de disseminar a sua marca genética e que faz com que ele se torne um caçador incansável, também lhe provoca estresse e cansaço. É aí que ele cede e procura um colo feminino para o descanso do guerreiro. A essa mulher escolhida, que no inconsciente e imaginário masculino pode lembrar a figura materna, ele se dedica de forma mais sincera.
Já disse algum estudioso maluco que na mulher "escolhida" o homem sempre procura o estereótipo materno. Talvez ele tenha razão. Afinal, ele também era homem.
Pra finalizar, é coisa da prepotência masculina ocidental achar que o homem é "superior" à mulher. Os orientais, sempre mais sábios, dizem que a mulher é biologicamente superior ao homem, pois o seu corpo está preparado para perpetuar a espécie humana gerando novos seres.
Afinal, se somos diferentes é por isso que precisamos tanto um do outro.
Viva o homem e viva a mulher.

• Poeta, jornalista e radialista de Olinda/PE

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