terça-feira, 5 de abril de 2011



Crônico


* Por Marleuza Machado


Teu vulto surge no clarão

que a memória acende.

Nesse momento

sou apenas desejo.

Estendo-te as mãos

Ofereço-te meus lábios

Com as pernas te abarco

Nas pontas dos dedos sinto

tua rija musculatura se contraindo

Faço do meu corpo seu abrigo...

Contemplo-te qual mãe

no primeiro aconchego ao filho

depois do parto...

E ao interrogar de que forma entraste

Teu olhar carinhoso me faz lembrar:

Há muito vives em mim


• Poetisa e jornalista .

2 comentários:

  1. Forte e mágico! Gostei muito.
    Reparo: não seria
    "faço do meu corpo 'teu' abrigo"?, já que no verso anterior foi "'tua' rija musculatura"?

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  2. Obrigada Mara! Vc sempre contribui com elogios e observações que sempre ajudam a escrever melhor.
    Bejos

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