quarta-feira, 2 de setembro de 2009




Retrato de jornal

* Por Cácio Machado da Silva

Um cadáver
purulento
fedendo
estático
estendido
podre
rendido
aos vermes que lhe comem.

Sinta o nojo
da própria espécie
vergonha de sentir nojo
o irmão,
do Adeus,
do fim.

É a morte que vomita
sua face
na vida que fica
e vira
retrato de jornal.

Faz ferida sem igual
sem dó
até virar pó.

* Poeta

Um comentário:

  1. Muy grato pela publicação. Um forte abraço literário. Cácio Machado da Silva

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