Pílulas literárias 22
Por Eduardo Oliveira Freire
OÁSIS
Dois corpos femininos se exploravam. Um dia, veio a revelação. Como punição, são esquartejadas e os pedaços jogados no deserto. Os cantos que receberam as vísceras das amantes transformaram-se em oásis, onde os andarilhos podiam descansar para continuar a travessia.
AMO-TE
Tocou o sinal. Os jovens correram da sala, menos o tímido e solitário Paulo Aproximou-se da professora Laura, lhe deu um beijo na boca e disse em seguida: “Amo-te”. Na manhã seguinte, desapareceu. O noivo policial da professora Laura, estava nas redondezas no dia da cena do beijo roubado...
EM TEMPOS REMOTOS
Um dia, o sol encontrou uma jovem e se apaixonou. Ela retribuiu-lhe. Ficava nua no jardim e deixava os raios do amado penetrarem os poros da pele. A Terra ficou com ciúme do sol e falou com o Deus de eras antigas, que condenou o romance. Transformou-o em uma estrela sem vida. A moça quando soube, chorou por semanas. A sua mãe, para não desperdiçar tantas lágrimas, mandava-a chorar num balde para encher a cisterna da casa. Com o passar do tempo, mesmo que o amante não existisse mais, a jovem continuava a ficar nua, deixando os raios solares a tocarem.
* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor.
Por Eduardo Oliveira Freire
OÁSIS
Dois corpos femininos se exploravam. Um dia, veio a revelação. Como punição, são esquartejadas e os pedaços jogados no deserto. Os cantos que receberam as vísceras das amantes transformaram-se em oásis, onde os andarilhos podiam descansar para continuar a travessia.
AMO-TE
Tocou o sinal. Os jovens correram da sala, menos o tímido e solitário Paulo Aproximou-se da professora Laura, lhe deu um beijo na boca e disse em seguida: “Amo-te”. Na manhã seguinte, desapareceu. O noivo policial da professora Laura, estava nas redondezas no dia da cena do beijo roubado...
EM TEMPOS REMOTOS
Um dia, o sol encontrou uma jovem e se apaixonou. Ela retribuiu-lhe. Ficava nua no jardim e deixava os raios do amado penetrarem os poros da pele. A Terra ficou com ciúme do sol e falou com o Deus de eras antigas, que condenou o romance. Transformou-o em uma estrela sem vida. A moça quando soube, chorou por semanas. A sua mãe, para não desperdiçar tantas lágrimas, mandava-a chorar num balde para encher a cisterna da casa. Com o passar do tempo, mesmo que o amante não existisse mais, a jovem continuava a ficar nua, deixando os raios solares a tocarem.
* Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante a escritor.
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