O riso é santo remédio
Olá, caríssimos leitores, boa tarde. O riso é um santo (diria santíssimo, enfatizando com um superlativo bem forte) remédio para nossos males e aflições, quer psicológicos, quer emocionais e quer físicos. Alguns hospitais, por exemplo, já o adotam como terapia, por sua comprovada eficácia. Afinal, contribui para a liberação de endorfina, este poderoso analgésico natural, sem similares.
Ora, se o riso é tão eficaz em todos os momentos da vida, não haveria razão para não ser, também, na literatura. Concordo que é mais difícil fazer humor do que apelar para a tragédia em nossos textos. Mas os resultados são mais do que compensadores. Uma história bem-humorada, (melhor ainda se for hilariante) tem muito maiores chances de fazer sucesso do que uma sombria, trágica e lacrimosa.
Sob o risco de ser considerado herético, confesso que aprendi muito mais sobre a vida e o comportamento das pessoas em rodinhas de amigos contando anedotas do que na maioria dos sermões que ouvi em igrejas e na maior parte das palestras motivacionais de auto-ajuda.
O leitor Aristeu Barreto alertou-nos para este aspecto da importância do riso. Enfatizou que acompanha assiduamente o Literário, nestes seis meses de nova casa, e que aprecia todos os textos que lê diariamente. Tece elogios a essa nossa conversa diária e confessa que gosta, até, daquelas que mais parecem aulas de Português, mas que prefere as “papos de botequim”, desse nosso “barzinho” virtual.
Embora afirme que aprecia todos os textos que publicamos, cada qual, no seu entender, adequado para determinadas situações, revela escancarada preferência por três colunistas: Daniel Santos, Marcelo Sguassábia e Rodrigo Ramazzini. Diz que, sempre que está aborrecido com alguma coisa (e motivos para aborrecimentos, certamente, não faltam a ninguém), procura os contos e crônicas dos escritores citados e que, não raro, dá gostosas gargalhadas com as situações narradas.
Isso comprova minha tese de que, sem deixar de lado nenhum aspecto, mesmo os mais árduos da vida, devemos apostar todas as nossas fichas no engraçado, no risível, no ridículo até (tomando esta palavra no seu sentido lato e original, que é o “digno de riso”). Os gregos tiveram essa percepção. Ao criarem o teatro, instituíram tanto a tragédia, quanto a comédia. Samuel Clemens (cujo pseudônimo era Mark Twain) apelava para o humor. George Bernard Shaw também. Há determinados contos de Machado de Assis que são impossíveis de serem lidos sem boas gargalhadas decorrentes das trapalhadas de determinados personagens.
Os colunistas citados primam, de fato, pelo humor. Daniel Santos, com seu incrível poder de síntese, apresenta-nos, invariavelmente, semana após semana (já publicou 171 textos no Literário), circunstâncias surreais, comuns no dia a dia, mas que ele transporta com tanta perícia e verdade para a Literatura. E o que dizer de Marcelo Sguassábia? Tudo o que se disser de positivo dos seus temas e abordagens ainda será pouco. Escrever um ou outro texto engraçado nem é desafio tão grande. Muitos e muitos e muitos o fazem. Mas fazê-lo por 136 semanas consecutivas é coisa, apenas, para escritores talentosíssimos, como ele é.
Quanto ao Rodrigo Ramazzini, peço que anotem esse nome. Vocês ainda haverão de ouvir falar muito (e bem, evidentemente) deste jovem jornalista e escritor. Seu ponto forte é a criação de diálogos sumamente verossímeis, mesmo quando as histórias narradas pareçam fantasiosas e surreais (mas que não o são). Com o tempo e seu natural amadurecimento, tem tudo para se projetar no cenário literário nacional.
Mas o que fica cada vez mais claro a este Editor (e neste ponto não sou nem um pouquinho modesto) é o acerto na seleção dos colunistas do Literário. Reitero que sou forçado a admitir que contei muito com este fator subjetivo benigno geralmente chamado de “sorte”. Esta, porém, costuma bafejar, apenas, quem esteja predisposto a recebê-la. E, no caso, eu estive.
Boa leitura
O Edsitor.
Olá, caríssimos leitores, boa tarde. O riso é um santo (diria santíssimo, enfatizando com um superlativo bem forte) remédio para nossos males e aflições, quer psicológicos, quer emocionais e quer físicos. Alguns hospitais, por exemplo, já o adotam como terapia, por sua comprovada eficácia. Afinal, contribui para a liberação de endorfina, este poderoso analgésico natural, sem similares.
Ora, se o riso é tão eficaz em todos os momentos da vida, não haveria razão para não ser, também, na literatura. Concordo que é mais difícil fazer humor do que apelar para a tragédia em nossos textos. Mas os resultados são mais do que compensadores. Uma história bem-humorada, (melhor ainda se for hilariante) tem muito maiores chances de fazer sucesso do que uma sombria, trágica e lacrimosa.
Sob o risco de ser considerado herético, confesso que aprendi muito mais sobre a vida e o comportamento das pessoas em rodinhas de amigos contando anedotas do que na maioria dos sermões que ouvi em igrejas e na maior parte das palestras motivacionais de auto-ajuda.
O leitor Aristeu Barreto alertou-nos para este aspecto da importância do riso. Enfatizou que acompanha assiduamente o Literário, nestes seis meses de nova casa, e que aprecia todos os textos que lê diariamente. Tece elogios a essa nossa conversa diária e confessa que gosta, até, daquelas que mais parecem aulas de Português, mas que prefere as “papos de botequim”, desse nosso “barzinho” virtual.
Embora afirme que aprecia todos os textos que publicamos, cada qual, no seu entender, adequado para determinadas situações, revela escancarada preferência por três colunistas: Daniel Santos, Marcelo Sguassábia e Rodrigo Ramazzini. Diz que, sempre que está aborrecido com alguma coisa (e motivos para aborrecimentos, certamente, não faltam a ninguém), procura os contos e crônicas dos escritores citados e que, não raro, dá gostosas gargalhadas com as situações narradas.
Isso comprova minha tese de que, sem deixar de lado nenhum aspecto, mesmo os mais árduos da vida, devemos apostar todas as nossas fichas no engraçado, no risível, no ridículo até (tomando esta palavra no seu sentido lato e original, que é o “digno de riso”). Os gregos tiveram essa percepção. Ao criarem o teatro, instituíram tanto a tragédia, quanto a comédia. Samuel Clemens (cujo pseudônimo era Mark Twain) apelava para o humor. George Bernard Shaw também. Há determinados contos de Machado de Assis que são impossíveis de serem lidos sem boas gargalhadas decorrentes das trapalhadas de determinados personagens.
Os colunistas citados primam, de fato, pelo humor. Daniel Santos, com seu incrível poder de síntese, apresenta-nos, invariavelmente, semana após semana (já publicou 171 textos no Literário), circunstâncias surreais, comuns no dia a dia, mas que ele transporta com tanta perícia e verdade para a Literatura. E o que dizer de Marcelo Sguassábia? Tudo o que se disser de positivo dos seus temas e abordagens ainda será pouco. Escrever um ou outro texto engraçado nem é desafio tão grande. Muitos e muitos e muitos o fazem. Mas fazê-lo por 136 semanas consecutivas é coisa, apenas, para escritores talentosíssimos, como ele é.
Quanto ao Rodrigo Ramazzini, peço que anotem esse nome. Vocês ainda haverão de ouvir falar muito (e bem, evidentemente) deste jovem jornalista e escritor. Seu ponto forte é a criação de diálogos sumamente verossímeis, mesmo quando as histórias narradas pareçam fantasiosas e surreais (mas que não o são). Com o tempo e seu natural amadurecimento, tem tudo para se projetar no cenário literário nacional.
Mas o que fica cada vez mais claro a este Editor (e neste ponto não sou nem um pouquinho modesto) é o acerto na seleção dos colunistas do Literário. Reitero que sou forçado a admitir que contei muito com este fator subjetivo benigno geralmente chamado de “sorte”. Esta, porém, costuma bafejar, apenas, quem esteja predisposto a recebê-la. E, no caso, eu estive.
Boa leitura
O Edsitor.
Caro Aristeu, não fosse o nosso Pedro revelar que sou um dos teus cronistas preferidos, jamais saberia disso. Grato pela preferência e igualmente ao nosso Editor que me cita, aqui, com generosidade. Pois, é verdade, sou pelo humor, mesmo quando turvo, mas não rio escancarado como a hiena, e sim com a silente reflexão do gato, ou tal é minha pretensão. Assim será na crônica de amanhã, caro Leitor. Até lá!
ResponderExcluir