Injeção de ânimo
Caríssimos leitores, bom dia. Há quem considere os elogios “sempre” perniciosos, por levarem o elogiado a se julgar o tal, e se acomodar, perdendo a oportunidade de evoluir no que faz. É verdade que uma crítica honesta, pertinente e abalizada nos ajuda na correção de rumos. Não há como discordar. Mas discordo dos que são contra os elogios. Nem “sempre” (e esta pernóstica palavrinha “sempre” complica tudo) eles são perniciosos e, portanto, daninhos.
Quem lida com o público (e entre estes, destaco o escritor) precisa estar psicologicamente preparado para as duas coisas. Deve receber os elogios com serenidade, sem se deixar empolgar e sem perder “o foco” (outra palavrinha pernóstica, hoje em dia muito em voga). Mas não pode se deixar desestabilizar por uma crítica, mesmo que esta seja injusta, maldosa e por isso, impertinente.
Sei que estas duas posturas são muito difíceis, mas diria que são indispensáveis. São sintomas, sobretudo, de maturidade. Se, quando elogiado, o sujeito se “mascarar”, isto é, se julgar o maioral, certamente irá se decepcionar sem tardança. E se ficar melindrado com críticas, dificilmente saberá a quantas anda e corre iminente risco de resvalar para o ridículo. Aquilo que para nós parece, às vezes, o suiprassumo da perfeição, não raro está eivado de defeitos e até de aberrações.
E por que trago hoje, esse assunto à baila? Faço-o para agradecer. Recebi, nos últimos dias, inúmeras mensagens, elogiando meu esforço não apenas para melhorar o Literário, mas, até mesmo, para impedir que esse importante projeto naufrague.
Alguém acha, porém, que com isso me sinto o maioral? Estejam certos que não! Tenho plena consciência que ainda há muito que fazer para atingirmos um nível pelo menos próximo do ideal. Junto com os elogios, vieram, também, algumas críticas (afinal, nada é perfeito).
Mas estas foram devidamente anotadas, e absorvidas, e vamos providenciar, da melhor maneira possível, os reparos sugeridos. Asseguro, todavia, que ambos são bem vindos e recebidos com o espírito aberto e, sobretudo, com gratidão. Ambos são uma bênção e um privilégio. Por que? Porque as duas manifestações foram feitas espontaneamente, sem segundas intenções, ou seja, sem querer me destruir e muito menos me bajular. Aos meus críticos e aos meus elogiadores, portanto, deixo, aqui, meu comovido muito obrigado.
Se méritos eu tenho, estes são os de acreditar em nossos colunistas e colaboradores, eles sim merecedores de todos os louvores imagináveis. Dos deméritos, sequer ouso nomear alguns, tantos que eles são. Só posso garantir que os elogios foram potentíssimas injeções de ânimo neste momento turbulento e dramático da minha vida, que venho “tirando de letra”, graças à solidariedade e compreensão dos que me entendem e gostam de mim.
Boa leitura.
O Editor.
Caríssimos leitores, bom dia. Há quem considere os elogios “sempre” perniciosos, por levarem o elogiado a se julgar o tal, e se acomodar, perdendo a oportunidade de evoluir no que faz. É verdade que uma crítica honesta, pertinente e abalizada nos ajuda na correção de rumos. Não há como discordar. Mas discordo dos que são contra os elogios. Nem “sempre” (e esta pernóstica palavrinha “sempre” complica tudo) eles são perniciosos e, portanto, daninhos.
Quem lida com o público (e entre estes, destaco o escritor) precisa estar psicologicamente preparado para as duas coisas. Deve receber os elogios com serenidade, sem se deixar empolgar e sem perder “o foco” (outra palavrinha pernóstica, hoje em dia muito em voga). Mas não pode se deixar desestabilizar por uma crítica, mesmo que esta seja injusta, maldosa e por isso, impertinente.
Sei que estas duas posturas são muito difíceis, mas diria que são indispensáveis. São sintomas, sobretudo, de maturidade. Se, quando elogiado, o sujeito se “mascarar”, isto é, se julgar o maioral, certamente irá se decepcionar sem tardança. E se ficar melindrado com críticas, dificilmente saberá a quantas anda e corre iminente risco de resvalar para o ridículo. Aquilo que para nós parece, às vezes, o suiprassumo da perfeição, não raro está eivado de defeitos e até de aberrações.
E por que trago hoje, esse assunto à baila? Faço-o para agradecer. Recebi, nos últimos dias, inúmeras mensagens, elogiando meu esforço não apenas para melhorar o Literário, mas, até mesmo, para impedir que esse importante projeto naufrague.
Alguém acha, porém, que com isso me sinto o maioral? Estejam certos que não! Tenho plena consciência que ainda há muito que fazer para atingirmos um nível pelo menos próximo do ideal. Junto com os elogios, vieram, também, algumas críticas (afinal, nada é perfeito).
Mas estas foram devidamente anotadas, e absorvidas, e vamos providenciar, da melhor maneira possível, os reparos sugeridos. Asseguro, todavia, que ambos são bem vindos e recebidos com o espírito aberto e, sobretudo, com gratidão. Ambos são uma bênção e um privilégio. Por que? Porque as duas manifestações foram feitas espontaneamente, sem segundas intenções, ou seja, sem querer me destruir e muito menos me bajular. Aos meus críticos e aos meus elogiadores, portanto, deixo, aqui, meu comovido muito obrigado.
Se méritos eu tenho, estes são os de acreditar em nossos colunistas e colaboradores, eles sim merecedores de todos os louvores imagináveis. Dos deméritos, sequer ouso nomear alguns, tantos que eles são. Só posso garantir que os elogios foram potentíssimas injeções de ânimo neste momento turbulento e dramático da minha vida, que venho “tirando de letra”, graças à solidariedade e compreensão dos que me entendem e gostam de mim.
Boa leitura.
O Editor.
Gostei muito desse editorial: equilibrado.
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