Espectadora
* Por Evelyne Furtado
De costas para a tela ela aguarda os créditos terminarem para sair do cinema. Nunca suportou ver cenas de violência, com o tempo passaram a lhe incomodar, também, as cenas tristes. Chegou ao ponto de soluçar em filmes água com açúcar e as cenas românticas causavam-lhe comoção.
Para se proteger resolveu engolir o choro e mergulhar na escuridão. Se doía demais era preferível não ver. Se antes fechava os olhos; a partir de determinado momento passou a virar-se inteiramente para trás em uma atitude absolutamente estranha aos demais espectadores.
Ainda assim (re)conhecia o roteiro, ouvia a trilha sonora e registrava as nuances emocionais dos personagens através de suas falas Recupera-se e aos poucos vai arriscando uma olhadinha. Já visualiza as cores e assiste trechos bonitos com prazer.
No momento dá preferência ao último filme que assistiu e reverencia suas passagens preferidas Logo verá com imenso prazer a película inteira sem medo algum de chorar ou rir.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
* Por Evelyne Furtado
De costas para a tela ela aguarda os créditos terminarem para sair do cinema. Nunca suportou ver cenas de violência, com o tempo passaram a lhe incomodar, também, as cenas tristes. Chegou ao ponto de soluçar em filmes água com açúcar e as cenas românticas causavam-lhe comoção.
Para se proteger resolveu engolir o choro e mergulhar na escuridão. Se doía demais era preferível não ver. Se antes fechava os olhos; a partir de determinado momento passou a virar-se inteiramente para trás em uma atitude absolutamente estranha aos demais espectadores.
Ainda assim (re)conhecia o roteiro, ouvia a trilha sonora e registrava as nuances emocionais dos personagens através de suas falas Recupera-se e aos poucos vai arriscando uma olhadinha. Já visualiza as cores e assiste trechos bonitos com prazer.
No momento dá preferência ao último filme que assistiu e reverencia suas passagens preferidas Logo verá com imenso prazer a película inteira sem medo algum de chorar ou rir.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
Evelyne
ResponderExcluirTambém ando evitando toda forma de violência. Mesmo evitando, ela está aí, não é? Então, pra que procurá-la?
Beijo
Risomar
Espero que a protagonista (do texto, não do filme), vá além e faça como a cinéfila da Rosa Púrpura do Cairo - entrando na tela e na trama. Se ainda não viu esse filme, por favor, assista. Tenho certeza de que você vai adorar, como adorei o seu texto. Um beijo, Evelyne.
ResponderExcluirNem quem busca infindavelmente o auto-conhecimento através da psicanálise consegue entender por que vai onde não quer ir, ou mesmo por que faz o que não quer fazer. Mais surpresa nos causa em se tratando de entretenimento, já que as obrigações não precisam de explicação. Mas as nossas almas não têm respostas. Quando muito nos fazem perguntas. A ficção emociona mais do que o noticiário. Assunto que nem a Sociologia consegue explicar, muito menos Freud. Se é uma confissão, que volte logo a ver não só o filme, mas também a vida de frente.
ResponderExcluirAndo fugindo também, Risomar.
ResponderExcluirMara, eu me emociono mais com a realidade, mas entendo o que você falou.
Marcelo, o filme é maravilhoso e inesquecível. Inclusive ilustrei o meu texto com uma foto de Mia Farrow no blog.
Obrigada, meus queridos.
Beijos e boa noite.