Desafios da ficção científica
A ficção científica é, hoje, um campo imenso, virtualmente infinito, como parece ser o universo – pelo menos para nós, humanos, que diante dessa massacrante grandiosidade, somos menos do que o mais minúsculo e invisível dos vírus – para a Literatura. Podemos dar asas à imaginação e criar mundos e mais mundos que talvez existam alhures ou (o que é mais provável) que só tenham existência em nossa fértil, se não delirante imaginação.
Esse tipo de história é, portanto, filão inesgotável e muito explorado em nossos tempos, o que não é de se admirar. Tanto que há várias revistas especializadas em ficção científica. Há editoras que só publicam livros com esses enredos, por serem garantia de excelentes vendas e, por conseqüência, de crescentes lucros.
Blogs, os mais diversos, e inúmeros sites da internet, por seu turno, abrem espaço para esses ficcionistas, que misturam ciência com literatura e conseguem popularizar conceitos físicos, químicos, biológicos e astronômicos, além de nos entreter. Aqui no Literário já tivemos um colunista, Edmundo Pacheco, que era especializado nesse tipo de histórias. Além disso, publicamos pelo menos uma dezena de contos de colaboradores com estas características.
Os escritores de ficção científica, porém, têm na verossimilhança das narrativas seu grande desafio. Se os enredos forem surreais e absurdos demais, não vingam. Têm que parecer, mesmo que minimamente, com a realidade. E para escreverem contos, novelas e romances consistentes têm, além de contarem com a indispensável técnica literária e o seguro domínio da linguagem, que ter sólido conhecimento de ciências. Nem todos têm. Por isso, nem todos são bem-sucedidos, nem se tornam best-sellers.
Não é de se estranhar essa sanha das pessoas pela ficção científica. As conquistas tecnológicas do século passado e do início deste, notadamente as que se referem ao espaço, aguçam, excitam e agitam cada vez mais a imaginação popular. Ademais, nunca se falou tanto em UFOs, ÓVNIs, ETs e quetais quanto agora.
Há, até, um desvio psicológico que se torna cada vez mais comum, ao qual, por isso, os especialistas estão cada vez mais atentos: o de pessoas que garantem terem sido “abduzidas” por seres extraterrestres. Uns asseguram que os ETs lhes “teriam implantado chips” em partes diferentes do corpo. Outros, acusam-nos de manter relações sexuais com eles, à sua revelia. Terceiros se queixam de terem servido de cobaias para experiências científicas pavorosas por parte dos alienígenas. E vai por aí afora.
Não se trata, todavia, como se pode pensar a princípio, de pessoas mentirosas, ávidas, apenas, por notoriedade, mesmo correndo o risco de descambar para o ridículo. Na sua mente doentia, os relatos que fazem são absolutamente verdadeiros.
São indivíduos com graves desvios mentais, comportamentais e/ou psicológicos, que se auto-sugestionam e atribuem a uma absurda e impossível “abdução” seus males, fracassos e sofrimentos. Como se vê, milhões de pessoas estão receptivas ao sobrenatural que pode, quem sabe, se tornar natural um dia.
Vá se saber se existem ou não seres vivos em outros recantos do espaço, a que nem os mais potentes dos nossos telescópios vislumbram! E se existirem, vá se saber se são inteligentes e se contam com avançadíssimas tecnologias, das quais estamos distantes a milhares de anos-luz! Porquanto, se não contarem com tamanho avanço tecnológico, jamais chegarão até nós e nem interferirão, de alguma forma, em nossas vidas!
Afinal, como Albert Einstein constatou certa feita, “toda grande descoberta científica é precedida, invariavelmente, pela imaginação”. E fertilidade imaginativa, convenhamos, é o que não falta às duas partes envolvidas em Literatura. Tanto aos leitores, ávidos por fantasias que tenham potencial (mesmo que remotíssimo) se tornarem realidade, quanto, e principalmente, aos escritores, que criam mundos e seres brotados exclusivamente de suas cabeças e que, para sua surpresa e estupor, um dia podem (quem sabe) se revelar reais. Mas têm que ser, minimamente, verossímeis.
Boa leitura.
O Editor.
A ficção científica é, hoje, um campo imenso, virtualmente infinito, como parece ser o universo – pelo menos para nós, humanos, que diante dessa massacrante grandiosidade, somos menos do que o mais minúsculo e invisível dos vírus – para a Literatura. Podemos dar asas à imaginação e criar mundos e mais mundos que talvez existam alhures ou (o que é mais provável) que só tenham existência em nossa fértil, se não delirante imaginação.
Esse tipo de história é, portanto, filão inesgotável e muito explorado em nossos tempos, o que não é de se admirar. Tanto que há várias revistas especializadas em ficção científica. Há editoras que só publicam livros com esses enredos, por serem garantia de excelentes vendas e, por conseqüência, de crescentes lucros.
Blogs, os mais diversos, e inúmeros sites da internet, por seu turno, abrem espaço para esses ficcionistas, que misturam ciência com literatura e conseguem popularizar conceitos físicos, químicos, biológicos e astronômicos, além de nos entreter. Aqui no Literário já tivemos um colunista, Edmundo Pacheco, que era especializado nesse tipo de histórias. Além disso, publicamos pelo menos uma dezena de contos de colaboradores com estas características.
Os escritores de ficção científica, porém, têm na verossimilhança das narrativas seu grande desafio. Se os enredos forem surreais e absurdos demais, não vingam. Têm que parecer, mesmo que minimamente, com a realidade. E para escreverem contos, novelas e romances consistentes têm, além de contarem com a indispensável técnica literária e o seguro domínio da linguagem, que ter sólido conhecimento de ciências. Nem todos têm. Por isso, nem todos são bem-sucedidos, nem se tornam best-sellers.
Não é de se estranhar essa sanha das pessoas pela ficção científica. As conquistas tecnológicas do século passado e do início deste, notadamente as que se referem ao espaço, aguçam, excitam e agitam cada vez mais a imaginação popular. Ademais, nunca se falou tanto em UFOs, ÓVNIs, ETs e quetais quanto agora.
Há, até, um desvio psicológico que se torna cada vez mais comum, ao qual, por isso, os especialistas estão cada vez mais atentos: o de pessoas que garantem terem sido “abduzidas” por seres extraterrestres. Uns asseguram que os ETs lhes “teriam implantado chips” em partes diferentes do corpo. Outros, acusam-nos de manter relações sexuais com eles, à sua revelia. Terceiros se queixam de terem servido de cobaias para experiências científicas pavorosas por parte dos alienígenas. E vai por aí afora.
Não se trata, todavia, como se pode pensar a princípio, de pessoas mentirosas, ávidas, apenas, por notoriedade, mesmo correndo o risco de descambar para o ridículo. Na sua mente doentia, os relatos que fazem são absolutamente verdadeiros.
São indivíduos com graves desvios mentais, comportamentais e/ou psicológicos, que se auto-sugestionam e atribuem a uma absurda e impossível “abdução” seus males, fracassos e sofrimentos. Como se vê, milhões de pessoas estão receptivas ao sobrenatural que pode, quem sabe, se tornar natural um dia.
Vá se saber se existem ou não seres vivos em outros recantos do espaço, a que nem os mais potentes dos nossos telescópios vislumbram! E se existirem, vá se saber se são inteligentes e se contam com avançadíssimas tecnologias, das quais estamos distantes a milhares de anos-luz! Porquanto, se não contarem com tamanho avanço tecnológico, jamais chegarão até nós e nem interferirão, de alguma forma, em nossas vidas!
Afinal, como Albert Einstein constatou certa feita, “toda grande descoberta científica é precedida, invariavelmente, pela imaginação”. E fertilidade imaginativa, convenhamos, é o que não falta às duas partes envolvidas em Literatura. Tanto aos leitores, ávidos por fantasias que tenham potencial (mesmo que remotíssimo) se tornarem realidade, quanto, e principalmente, aos escritores, que criam mundos e seres brotados exclusivamente de suas cabeças e que, para sua surpresa e estupor, um dia podem (quem sabe) se revelar reais. Mas têm que ser, minimamente, verossímeis.
Boa leitura.
O Editor.
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