sábado, 14 de abril de 2018

Dia dos namorados - Rodrigo Ramazzini


Dia dos namorados

* Por Rodrigo Ramazzini


- Amor! Não precisava. Nós combinamos que não trocaríamos presentes.
- Combinamos. Mas resolvi fazer uma “surpresa” para você. Dá um beijinho...
- Agora você ficará sem presente. Eu não comprei nada, estou até com vergonha...
- Não! Não fique assim! Na verdade, esse presente é para nós dois, pois você irá usá-lo, e eu que me sentirei bem. Dá um beijinho...
- Já posso abrir?
- Ainda não! Gostaria de falar um pouco sobre o presente. Já aviso, ele é diferente, mas bonito. Fiquei horas pensando o que poderia representar o nosso amor, a intensidade dele, algo que mostrasse para o mundo esse “transbordar” de paixão que é o nosso namoro. Dá um beijinho...
- Ai amor! Se curiosidade matasse, eu estaria morta! Como confio no seu bom-gosto, já sei que adorarei o presente.
- Eu tenho certeza, abra-o...
- Que pacote difícil de abrir. Quanta fita durex... Amor! É uma camiseta branca...
- Hum! Agora a desdobre. Mas antes, dá um beijinho...
- Amor! Uma camiseta com a sua foto. Que fofo!
- Gostou? Você nem leu a frase abaixo da foto. Na minha ótica, elas complementam-se. Dá um beijinho.
- É verdade! Nem tinha reparado. Na frase “EU TE AMO”.
- Gostou?
- É meio antiquado, mas bonitinho...
“Eu não acredito que ele está fazendo isso comigo, nada pode ser mais ridículo”.
- Que barulho é este?
- Uhn! Hã! Essa é a minha segunda surpresa. Dá um beijinho...
- Uma telemensagem?
- Acertou! Vamos à rua conferi-la. Dá um beijinho...
- Ah não, amor!
- Está bem! Eu sei que emociona. Mas é só dar um beijo para agradecer.
- Meu Deus!
- Dá um beijinho...

* Jornalista e cronista




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