Desertos
*
Por Eduardo Oliveira Freire
Sozinho,
pega o binóculo na gaveta, pois precisa ver algo em movimento.
Focaliza numa sala: alguém assiste tevê.
O
observador sente-se atraído pela imagem do deserto e um homem que
cruza sua vastidão através da tela da televisão.
De
repente, o andarilho faz uma breve interrupção e acena para ele;
depois, retoma a longa travessia. Ele se emociona e não usa mais o
binóculo. Vê a olhos nus uma imensidão de janelas.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo
cultural
e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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