sexta-feira, 13 de abril de 2018

Ao cortar o galho - Zenilton de Jesus Gayoso Miranda


Ao cortar o galho



* Por Zenilton de Jesus Gayoso Miranda


o valor maior seca
a fuga do carbono
nega a providência ao âmbar
adormece
da janela laivos
de tempo memórias
rasgam o espaço da elegia
os mísseis esfriam às pontas góticas das janelas
recuadas sombras
assentam-se na planura
suspensas carícias as folhas assentem
ao vendaval
sussurra no cerne um risco
a seiva ancora a selva
e a poeira o ente
o espectro perfeitamente
coincide nas planuras
à solidão do espéculo
à dimensão dialógica
o espectro nem coisa
nem parte nem forma nem eco


* Poeta e artista plástico


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