Um carrasco chamado tempo
* Por
Edir Araújo
O tempo,
ardiloso ladrão
que rouba nossas horas, impiedosamente.
Nossos momentos dourados, ou penosos...
Assim vão-se os anos primaveris.
Arrefece a paixão, o ardor do verão efervescente.
E sem nos darmos conta uma brisa sopra
languidamente ao cair da tarde.
Sombras outonais se avizinham.
Nuvens sombrias anunciam a negridão da noite.
Rígido inverso titila nossos ossos.
E num tremor, lépido e tétrico,
sentimos sua mão estendida a nos tocar.
A ceifadora... que chega a seu tempo.
O tempo, a ceifadora...
Ambos se coadunam.
Já não sei qual deles é mais cruel.
Mas creio que é o tempo.
A ceifadora apenas dá o golpe de misericórdia.
*
Edir Araujo é poeta e escritor, autor de A Passagem dos Cometas (romance
psicológico), Gritos e Gemidos (coletânea de meus poemas e crônicas), Fulana
(inédito, romance psicológico), outro ainda sem título (em construção). Além de
grande variedade de redações, resenhas de livros e crônicas dispersas em
jornais, sites, blogs, etc.
Maravilha de poema, Edir! Parabéns pelo talento e sensibilidade!
ResponderExcluirObrigado, amiga Gloria! Sinto-me muito honrado pela sua apreciação! Um fraterno abraço!
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