segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Duras penas


* Por Núbia Araújo Nonato do Amaral

Aprendi a duras penas que
o rugir de uma tempestade
dura pouco, que as  ondas
que se elevam sobre o farol,
repousam plácidas  como
pequenas vagas  espumantes
que lambem meus pés.
Aprendi que é no silêncio onde
povoam os mais vis pensamentos,
que o meu mais forte e cruel
oponente  habita, eu mesma.
Que eu me permita ao açoite
das tempestades, ao assédio
incansável das ondas furiosas.
Que eu me permita dobrar-me
humildemente e escutar no
vão das vicissitudes a voz
cúmplice do Criador.

 * Poetisa, contista, cronista e colunista do Literário


Um comentário:

  1. O nosso mais forte e cruel oponente somos nós mesmos. Palmas para quem consegue ficar ao seu lado o tempo todo.

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