sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Sintéticos amores


* Por Samuel C. da Costa

Não se arvore...
Na Polis cinzenta e descompassada!
Mundo mecanizado...
E artificial!

Meu sintético amor
Pois não há árvores...
Na Polis...
Só existe uma flora artificialmente

Não se arvore
 Não finques raízes na Polis!
 Dos senhores da guerra.

Não se arvores.
Não finques raízes no chão estéril!
No campo sem vida...
Na Polis cinzenta e descompassada!
Terra artificialmente fabricada

Não há mais paradas militares para assistir!
Os soldados ser foram
 Foram embora derrotados
Foram se esconder
E o sensor a muito se foi também...
Ficou obsoleto
Na nova Era

Mas não se arvore
Meu sintético amor
Ainda não...
Pois existe a televisão para ver
O rádio para escutar
Com toda instantaneidade!
E simultaneidade possível
Mundo do espetáculo midiático
Com seus barbarismos da ocasião...
A destruir vidas...
A vender o que não existe

Não se arvore!
A Polis te ama!
Cinzenta e descompassada!
Mundo artificialmente fabricado
Mecanizado conectado...


* Poeta de Itajaí/SC

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