Rosas e espinhos
* Por
Carmo Vasconcelos
Vejam a rosa que floresce nos caminhos,
Sujeita à chuva, ventania e males quejandos,
Treme e vacila, aos abanões, f’rida aos espinhos,
Sangra e esmorece, mas renasce a tempos brandos.
E assim as rosas, menos frágeis do que exibem,
(Tal qual eu mesma, ao suportar picos de dor)
Jamais se abatem, e do brilho não se inibem,
E das picadas brota vivo o seu esplendor!
É forte a cor do sangue herdado das raízes!
Flores mimosas, delicadas na aparência,
Nobres e altivas, sempre vencem duras crises!
Choram seus prantos orvalhados quando a lua
O sol lhes rouba… E se recolhem na dormência,
Mas mal desponta um novo sol, a festa é sua!
*
Poetisa portuguesa
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