Mundo tumultuado
* Por Roberto Corrêa
O que nos entristece é que entre as inúmeras lições do Mestre destacamos
quando afirmou que veio para que todos tenham vida e vida em abundância e que,
em nosso mundo cotidiano, pelo
contrário, nos deparamos com incrível complexidade de decepções e sofrimentos.
É evidente, pois, que algo se encontra errado, e cada um deve ter sua
responsabilidade pelos erros cometidos.
Não adianta chorar o leite derramado e pela própria experiência pessoal,
cada um deve por sua vez pelo menos tentar contribuir, no sentido de que, ao
menos parcialmente seja possível ainda recuperar aquela abundância de vida que
nos foi sinalizada.
No esforço individual, constatamos que o Divino Mestre está sempre
presente e graças a essa magnífica comunicação, as benesses divinas chegam de
forma adequada e eficiente.
Assim, verificamos que em inúmeras portas visionadas poderíamos bater,
eliminando o pensamento negativo de sermos mal recebidos. Enchendo-nos da
Divina coragem nelas batemos e surpreendemo-nos com frequência.
Ao contrário daquele comum negativismo deparamo-nos, então, com a
generosidade e o espírito magnânimo de muitos seres humanos que nos despertam
intensa satisfação e alegria. Outrossim, segue a constatação que o Divino
Mestre, no empenho de não violar aquele ensinamento que inicia este texto, nos
permite ou facilita a recuperação daquela abundância aparentemente evaporada.
Na recuperação daquela abundância desfeita no tumultuado mundo de hoje,
nos acenam que a ausência do dinheiro excessivamente concentrado na mão de
poucos seria a responsável pela maior parte dos sofrimentos, pois não
permitiria a fruição dos bens necessários à vida digna. Válido em parte, pois,
faltando a saúde a infelicidade persiste, sendo assim, deve-se procurar paz e
ventura em bens mais duradouros e incorruptíveis. Desta forma, o objetivo da
vida humana deve consistir na incansável perquirição de bens espirituais que
não são destruídos pelas traças, cupins ferrugens et caterva de que nos falam
as palavras religiosas sagradas.
Ao finalizar caímos, quase sempre, na evocação dos princípios religiosos
transmitidos pelos nossos antepassados imbuídos todos no Cristianismo. Damos
graças a Deus de não termos nascido nos revolucionários países asiáticos onde
as revoluções são constantes e a sanguinolência não tem fim, face aos
princípios religiosos ali reinantes.
* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira
de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de
Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela
Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do
Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz",
"Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a
Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.
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