domingo, 6 de setembro de 2009


Predomínio dos poetas

Neste feriadão prolongado de 7 de setembro, em que o clima frustrou boa parte das pessoas que pretendiam curtir dias de sol em alguma das magníficas praias deste País tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, com tempo chuvoso e a temperatura despencando; em que muitos ainda estão curtindo a surra que a Seleção Brasileira deu nos “hermanos”, na casa deles (como é gostoso ganhar de um adversário tão tradicional e papudo!); em que as famílias estão reunidas para o almoço dos domingos, com direito à macarronada da mama ou ao churrasco com os amigos, não seria de bom tom que eu trouxesse à baila algum tema árduo, desses maçantes que só os especialistas curtem. O dia é apropriado para papos amenos.
É verdade que isso pode frustrar nossos mais fiéis leitores, aqueles que, mesmo não se manifestando, garantem o nosso sucesso, imprimindo cada uma das edições diárias e distribuindo nosso Literário impresso aos amigos: os estudantes de Letras. Estes possivelmente irão me cobrar para trazer à baila outro tema polêmico envolvendo literatura. A estes peço paciência. Esse tipo de consideração não irá faltar. Mas não será hoje.
Fazendo uma análise da nossa revista eletrônica (que a maioria classifica de blog, pois que seja) dos últimos cinco meses, ou seja, do período em que estamos em nossa casa própria, sem portanto ter que dar satisfações a ninguém, a não ser às centenas de nossos freqüentadores (alguns já habituais e outros esporádicos), constatei massacrante predomínio dos poetas. E, embora a maioria seja desconhecida do grande público, venho publicando poemas de excelente qualidade literária, o que muito me envaidece.
Este espaço continua, como sempre esteve e sempre estará, aberto a escritores de todos os gêneros e tendências. Coincidentemente, porém, 80% dos textos que recebo diariamente, de todas as partes do País, são poesias. E, reitero, de ótima qualidade, o que demonstra, sem sombra de dúvidas, o vigor da Literatura Brasileira (do que nunca duvidei). Mas da verdadeira, da espontânea e viva, sem artifícios contestáveis e sem “pirotecnias” verbais. Ou seja, não a dos medalhões e dos favoritos da crítica, muitos dos quais não resistem à mínima análise feita com critério.
O curioso é que no nosso espaço anterior, houve quem iniciasse uma espécie de campanha contra este Editor, acusando-o de preconceito em relação à poesia. Que tolice! Só faltava essa! Um poeta ser preconceituoso em relação à poesia! Mas... há tolos para todos os gostos e tipos de situação. Na ocasião, não publicava textos do gênero por razão elementar: não os recebia. Tão logo os poetas perceberam que nossas portas estavam (e sempre estarão) abertas a eles, passaram a polarizar o espaço. E a trazer emoção, fantasia e otimismo aos nossos leitores.
Neste preciso instante, o contador de acessos nos revela que, a despeito de ser domingo, véspera de feriado, apesar da chuva e de tantas atrações domingueiras à espera das pessoas, mais de duas centenas já acessaram o Literário. Se você é uma delas e é “habitué” deste espaço, aceite meu respeitoso bom dia. Casso esteja nos visitando pela primeira vez, aceite minhas boas-vindas e meu convite para que volte sempre. Estou certo de que voltará.
E, para não deixar vocês sem nenhuma provocação, pergunto: qual, no seu entender é o melhor poeta brasileiro e por que? Nesta questão, duvido que haja consenso, embora se espere destaque para alguns nomes óbvios, como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Mário Quintana, Cecília Meirelles, Ledo Ivo, Vinícius de Moraes, Mário de Andrade, João Cruz e Souza, Augusto dos Anjos e vai por aí afora. Qual o meu preferido? Adivinhem se forem capazes!

Boa leitura.

O Editor.

2 comentários:

  1. O que mais me emocionou nos meus verdes anos foi Olavo Bilac, seguido de perto por Casimiro de Abreu. Hoje opto por Manuel Bandeira.

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  2. Pedro, o meu voto vai para Manuel Bandeira. Voto difícil, porque até parece que excluo Drummond, João Cabral, Quintana e Cecília Meireles. Isso pra não falar em Carlos Pena Filho (grande lírico, que só um público raro, no Recife, conhece), Joaquim Cardozo, Ascenso Ferreira, Vinícius...
    Não cabe num comentário por que escolho Manuel Bandeira. Então saio por uma tangente: de todos os poetas mencionados, quem melhor escrevia crônicas era ele.

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