O albatroz
* Por Pierre Charles Baudelaire
Às vezes, por prazer, os homens de equipagem
pegam um albatroz, enorme ave marinha,
que segue, companheiro indolente de viagem,
o navio que sobre os abismos caminha.
Mal o põem no convés por sobre as pranchas rasas
esse senhor do azul, sem jeito e envergonhado,
deixa doridamente as grandes e alvas asas
como vemos cair e arrastar-se a seu lado.
Que sem graça é o viajor alado, sem seu ninho!
Ave tão bela, como esta cômica e feia!
Um o irrita chegando ao seu bico um cachimbo,
outro põe-se a imitar o enfermo que coxeia!
O Poeta é semelhante ao príncipe da altura
que busca a tempestade e ri da flecha no ar;
exilado no chão, em meio à corja impura,
as asas de gigante impedem-no de andar.
(Tradução de Guilherme de Almeida).
* Por Pierre Charles Baudelaire
Às vezes, por prazer, os homens de equipagem
pegam um albatroz, enorme ave marinha,
que segue, companheiro indolente de viagem,
o navio que sobre os abismos caminha.
Mal o põem no convés por sobre as pranchas rasas
esse senhor do azul, sem jeito e envergonhado,
deixa doridamente as grandes e alvas asas
como vemos cair e arrastar-se a seu lado.
Que sem graça é o viajor alado, sem seu ninho!
Ave tão bela, como esta cômica e feia!
Um o irrita chegando ao seu bico um cachimbo,
outro põe-se a imitar o enfermo que coxeia!
O Poeta é semelhante ao príncipe da altura
que busca a tempestade e ri da flecha no ar;
exilado no chão, em meio à corja impura,
as asas de gigante impedem-no de andar.
(Tradução de Guilherme de Almeida).
Grande, magnífico, eterno.
ResponderExcluirO que fazer quando nos é tirado o que de melhor temos?
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