Revezamento
*
Por Flora Figueiredo
Minha
força pede um momento de licença.
Ela quer sair pra descansar
e permitir
que a fragilidade atue um pouco em seu lugar.
Depois de um certo tempo
a armadura pesa,
a lança emperra e se retesa.
Deixe a doçura encostar nesse intervalo da razão.
... a decisão saiu um instante pra sonhar.
Ela quer sair pra descansar
e permitir
que a fragilidade atue um pouco em seu lugar.
Depois de um certo tempo
a armadura pesa,
a lança emperra e se retesa.
Deixe a doçura encostar nesse intervalo da razão.
... a decisão saiu um instante pra sonhar.
(Do livro “Calçada de verão”).
*
Poetisa,
cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a
noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão
Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo
e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua
intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça
- às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre
dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal,
seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.
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