terça-feira, 14 de junho de 2016

A noite de Zélia Maria Freire

* Por Evelyne Furtado


Fui convidada e aceitei. Um jantar em homenagem a poeta Yasmine Lemos, oferecido por Zélia Maria Freire, que conheci aqui no Recanto, através de uma crônica de Marília Paixão.

Já conhecia Yasmine da blogsfera e do Orkut. Também já trazia no coração pessoas de sua família com quem trabalhei e que me são muito caras.

E Dona Zélia? Primeiro li seus textos de primeira qualidade. Reconheci seu nome e através de e-mail, soube que ela escrevera por muito tempo na Tribuna do Norte, jornal que acredito ser o de maior circulação no estado.

Daí a amigas virtuais foi em um pulo.

Chegou o dia do jantar e lá vou eu para a casa de Zélia. Tímida e receosa fui acolhida com calor humano. Entrei no coração da escritora em noite de festa.

E que festa! Todos os requisitos para uma festa de sucesso estavam presentes: boa mesa, ótima bebida, casa bonita, convidados interessantes e anfitriões de braços abertos para nos receber.

A conversa de ótimo nível intelectual e sem frescura., deixou-me à vontade. A música concorria com os poemas e se fez igual. Duas expressões artísticas perfeitamente compatíveis.

Falamos do Recanto, dos nossos escritores preferidos, dos nossos amigos comuns e desse vício bom que compartilhamos. Tricotamos, como velhas amigas, mas só falamos bem de vocês, claro.

A noite talvez tenha sido encomendada pela dona da festa, pois estava linda. A lua em quarto crescente provou que também inspira os poetas, pois tive o prazer de ouvir uma letra linda composta ali na hora por Mirabô Dantas, um compositor da terra que eu também só conhecia de nome.

Bem, a mulher tímida que lá chegou, terminou a noite cantando com Yasmine as músicas de Chico e as de autoria do compositor potiguar que cantava para Zélia.

Deus do céu, que coisas lindas ouvi (e cantei) ontem à noite!

Para quem não sabe ainda, afirmo: Zélia é querida por todos e todos os seus nos dão um pouquinho desse afeto. Zélia é brilhante conversando e sendo ela mesma. Zélia é espirituosa. Zélia é franca. Zélia tem uma família linda.

Parabéns e obrigada, "Dona" Zélia! E sem pedir permissão, pois o texto é meu, encerro com esses versos de Mirabô que me encantaram ontem a noite.

"Mil cento e vinte anos
Eu vivi no abandono
Porém quem ama tem força
Vence fome, sede e sono
O amor nasce no mundo
Já destinado ao seu dono"

Mirabô Dantas e José Newmanne Pinto

10 de julho de 2008.


* Poetisa e cronista de Natal/RN

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