Lauro
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Quando nasceu, os
familiares projetaram os sonhos perdidos nele. Ele aceitou carregá-los, apesar
do peso. O tempo passou, Lauro começou a quebrar cadeiras e quando pisava
surgiam pegadas profundas.
Um dia, andando na rua,
Lauro estava tão pesado com os sonhos alheios que de repente desapareceu na
enorme cratera provocada por ele.
Foi parar em um mundo
subterrâneo, onde havia outro céu e mar. Lá os nativos o viam como ele era e
não como um receptáculo de ideais de outros.
Pela primeira vez,
sentiu-se leve.
* Eduardo Oliveira
Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense,
com Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a
escritor
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