segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Éramos felizes e não sabíamos

* Por Roberto Corrêa

Não sei quem colocou em meu computador (possivelmente um dos meus filhos), dezenas de fotografias de imagens belíssimas de viagens, encontros familiares, sociais, etc. de maneira que elas aparecem, vez ou outra, quando o PC não é totalmente desligado. Com esse retorno inesperado ao passado que tem se repetido com alguma frequência, inúmeros e variados pensamentos, reflexões etc. me têm ocorrido, de maneira que espontaneamente surgiu a frase acima: era feliz e não sabia.

Sem querer, portanto, entra o Lula em nossa crônica quando no calor de suas diversas campanhas alegou que o povo era feliz e não sabia. Aliás, o doutor “honoris causae” de diversas faculdades e países tem “tiradas” espetaculares, talvez já consignadas em livros como aquela outra de que o congresso era composto de 350 picaretas. Pois é; no passado éramos mais jovens, a disposição também sofria o impacto de maior jovialidade e o importante é salientar que os tempos também eram outros.

O envoltório desses já saudosos tempos era bem mais suave e as maldades que o envolvia mais admitidas ou toleradas e daí a explicação porque tudo seria melhor. A dura realidade que nos cerca atualmente. com o agravamento de “todos os piores”, implodiu com as revoltas populares (iniciadas com os centavos dos aumentos das passagens de ônibus), não se solucionou com a estupenda visita do Papa e assim continuamos num mato sem cachorro...

A relativa felicidade aqui na Terra só se consegue com espírito bem formado e, uma vez que predomina a pobreza em largos traços, só os divinos dons recebidos pelo Criador de Todas as Coisas, insertos no direito natural, plenamente respeitado e buscado pela maioria, é que possibilitará a chance dela ser alcançada.

Nós outros porém, da classe média espiritual, como salientei, temos de orar muito, com o devido cuidado de não nos embairmos com a permanente cantilena dos não crentes e afeiçoados às filosofias laicas e niilistas. Sendo o período, portanto, de estagnação, só nos resta aguardar a evolução dos acontecimentos com as preces engatilhadas no topo das nossas mentes, com ansiosa expectativa de que a esperança do bom e do melhor serão nos concedidos pela Divina Misericórdia.

* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.


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