quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Faz de conta

* Por Arita Damasceno Pettená

Como é bom cerrar os olhos
e brincar de faz de conta...
Passa o tempo, passam as horas,
ninguém sabe quem eu sou.
E sou de novo criança,
cato nuvens, conto estrelas,
colho sonhos, canto o amor,
sem saber que de repente,
no relógio da saudade
o ponteiro desandou.
E sou mulher novamente,
dentro de um mundo real,
esmagada contra o tempo,
perdida no espaço rude,
chorando derrotas amargas,
gritando verdades que dóem,
correndo sozinha parada
sempre à procura do Amor.

* Poetisa, escritora e professora, membro da Academia Campinense de Letras e da Academia Campineira de Letras e Artes.


Nenhum comentário:

Postar um comentário