Mocidade com ideal
* Por Roberto Corrêa
Para melhorar o nosso conturbado mundo,
sobrevivendo numa incrível perigosidade, induvidosamente esbarramos no problema
educacional que se inicia desde a primeira infância. A Campanha da Fraternidade
deste ano aborda o tema da juventude ou mocidade, seguindo a orientação da
Santa Sé que tem efetivado nos países cristãos, congressos para incentivar a
formação moral da juventude em todos os seus aspectos, inclusive político,
preparando-a para o dia de amanhã.
No meu tempo de jovem – e isso já vai bem longe – a
Igreja Católica, sobretudo através dos seus inúmeros colégios se esmerava nessa
educação estimulando os jovens de ambos os sexos a praticarem a doutrina
cristã, embasada nos Dez Mandamentos com ênfase para o sexto, “não pecar contra
a castidade”. Nas aulas diárias de religião, volta e meia os professores
insistiam no “ideal” que todo jovem deve ter, pois o ideal, essa vigorosa
disposição íntima que impele a pessoa humana para todos os sacrifícios é
absolutamente indispensável na juventude que deseja superar todos os
obstáculos.
Após o advento da televisão, afora as
“ingenuidades” do cinema que engatinhava, as novelas que surgiam, as normais
tendências para maiores liberdades sexuais (dado a fraqueza da carne), a
globalização em gestação, sob o estímulo permanente do príncipe das trevas,
veio Woodstock, Sorbonne com o slogan “é proibido proibir” e chegamos onde nos
encontramos hoje: drogas para todos os lados, violência incontrolável, roubos e
falcatruas nos negócios públicos e privados.
Houve erros na educação passada quando se omitiu em
não insistir para os jovens da época se interessarem um pouco mais pelos
assuntos políticos. O descuido nesse pormenor talvez possa ser indicado como um
dos fatores com que a classe política deixe ainda muito a desejar nos dias
atuais. É o momento, então nesta Campanha da Fraternidade, e no grande evento
mundial (Jornada Mundial da Juventude), que se realizará em julho próximo no
Rio de Janeiro, já com a presença do sucessor do Papa Bento XVI, de se explorar
mais o assunto.
Há necessidade de se enfatizar ao máximo a busca de
nobres ideais para o jovem que não pode se quedar na monotonia da preguiça, mãe
de todos os vícios. Os nobres ideais cristãos carregam em seus bojos a real e
verdadeira solução para solucionar os principais males que afligem o nosso
país. É só os por em prática.
* Roberto Corrêa é sócio
do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e
Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de
clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade
Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez
pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do
Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz",
"Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a
Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.
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