domingo, 17 de março de 2013


Mocidade com ideal

* Por Roberto Corrêa

Para melhorar o nosso conturbado mundo, sobrevivendo numa incrível perigosidade, induvidosamente esbarramos no problema educacional que se inicia desde a primeira infância. A Campanha da Fraternidade deste ano aborda o tema da juventude ou mocidade, seguindo a orientação da Santa Sé que tem efetivado nos países cristãos, congressos para incentivar a formação moral da juventude em todos os seus aspectos, inclusive político, preparando-a para o dia de amanhã.

No meu tempo de jovem – e isso já vai bem longe – a Igreja Católica, sobretudo através dos seus inúmeros colégios se esmerava nessa educação estimulando os jovens de ambos os sexos a praticarem a doutrina cristã, embasada nos Dez Mandamentos com ênfase para o sexto, “não pecar contra a castidade”. Nas aulas diárias de religião, volta e meia os professores insistiam no “ideal” que todo jovem deve ter, pois o ideal, essa vigorosa disposição íntima que impele a pessoa humana para todos os sacrifícios é absolutamente indispensável na juventude que deseja superar todos os obstáculos.

Após o advento da televisão, afora as “ingenuidades” do cinema que engatinhava, as novelas que surgiam, as normais tendências para maiores liberdades sexuais (dado a fraqueza da carne), a globalização em gestação, sob o estímulo permanente do príncipe das trevas, veio Woodstock, Sorbonne com o slogan “é proibido proibir” e chegamos onde nos encontramos hoje: drogas para todos os lados, violência incontrolável, roubos e falcatruas nos negócios públicos e privados.

Houve erros na educação passada quando se omitiu em não insistir para os jovens da época se interessarem um pouco mais pelos assuntos políticos. O descuido nesse pormenor talvez possa ser indicado como um dos fatores com que a classe política deixe ainda muito a desejar nos dias atuais. É o momento, então nesta Campanha da Fraternidade, e no grande evento mundial (Jornada Mundial da Juventude), que se realizará em julho próximo no Rio de Janeiro, já com a presença do sucessor do Papa Bento XVI, de se explorar mais o assunto.

Há necessidade de se enfatizar ao máximo a busca de nobres ideais para o jovem que não pode se quedar na monotonia da preguiça, mãe de todos os vícios. Os nobres ideais cristãos carregam em seus bojos a real e verdadeira solução para solucionar os principais males que afligem o nosso país. É só os por em prática.

* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.

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